Infecções fúngicas em prematuros e/ou com baixo peso (menor que 2.500 g) que sobrevivem ao período pós-natal. Este é o tema de hoje na publicação baseada em informações tiradas do Whitebook Clinical Decision. Para saber mais, acesse o Whitebook!
Prematuros e/ou com baixo peso apresentam estado de imunidade imatura e, geralmente, requerem terapias invasivas, como cateteres vasculares centrais e tubos endotraqueais, além de serem expostos a antibióticos de amplo espectro e nutrição parenteral. Adicionalmente, podem ser submetidos a esteroides e a inibidores da produção de ácido gástrico. Tais fatores aumentam o risco de infecção fúngica.
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A maior parte das infecções está relacionada à Candida spp. (principalmente Candida albicans e Candida parapsilosis), seguido de Malassezia, Zygomycetes ou Aspergillus. Os patógenos podem invadir a corrente circulatória e disseminar facilmente devido a imaturidade imunológica, sendo mais difíceis de erradicar.
O maior risco de adquirir as infecções fúngicas invasivas ocorre nas primeiras semanas de vida, quando as estratégias invasivas são mais necessárias. Os fungos são transmitidos por via horizontal ou vertical, levando à colonização da pele, membranas mucosas (tratos respiratório e gastrintestinal) e cateteres vasculares centrais. Eles formam biofilmes em instrumentos médicos.
Abordagem diagnóstica
Devem ser solicitadas culturas para fungos a partir dos espécimes clínicos do sítio infectado ou suspeito de acometimento infeccioso. Deve sempre ser repetida após a avaliação inicial se o paciente não tiver melhora clínica dentro de 48 horas ou em caso de piora clínica. A punção lombar deve sempre ser considerada. A trombocitopenia é um sinal característico da infecção fúngica invasiva.
A ausência ou cura de infecção invasiva disseminada deve ser documentada com três ou mais culturas negativas (obtidas em intervalos ≥ 24 horas).
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Além das culturas, outros exames a serem solicitados incluem hemograma completo, coagulograma, eletrólitos, hepatograma, ureia e creatinina, lipidograma, PCR. Os exames radiológicos como ultrassonografia abdominal, renal e/ou cerebral, ecocardiografia, oftalmoscopia indireta e outros são complementares para a definição do foco infeccioso.
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