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Infectologia24 agosto 2019

Whitebook: infecção pelo vírus Ebola

Estudos recentes avaliaram a eficácia de quatro medicamentos contra o Ebola. Por isso, a publicação semanal do Whitebook vai tratar dessa doença.

Por Renata Grota

Essa semana no Portal da PEBMED, publicamos um artigo de revisão sobre novos medicamentos para o tratamento do Ebola. Por isso, em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, separamos mais informações sobre a Infecção pelo Vírus Ebola.

Veja as melhores condutas médicas no Whitebook Clinical Decision!

Este conteúdo deve ser utilizado com cautela, e serve como base de consulta. Este conteúdo é destinado a profissionais de saúde. Pessoas que não estejam neste grupo não devem utilizar este conteúdo.

Anamnese e Exame Físico

Quadro clínico: Nos quadros de exposição primária, o paciente geralmente relata viagem, moradia ou trabalho em área endêmica para o vírus Ebola, dentro de 21 dias prévios. Na exposição secundária, o paciente relata contato com humanos ou primatas sintomáticos. O período de incubação é tipicamente de 3 a 8 dias em casos primários ou superior em casos secundários.

Os sinais e sintomas precoces incluem:

  • Febre;
  • Faringite;
  • Rash maculopapular;
  • Injeção conjuntival bilateral.

Os sintomas tardios podem incluir:

  • Fácies apática;
  • Sangramento por punção venosa ou membranas mucosas;
  • Miocardite e edema pulmonar;
  • Taquipneia, hipotensão, anúria e coma em pacientes terminais.

Sobreviventes da infecção por Ebola podem apresentar as seguintes manifestações:

  • Mialgias;
  • Atralgias assimétricas e migratórias;
  • Cefaleia;
  • Fadiga;
  • Bulimia;
  • Amenorreia;
  • Perda auditiva;
  • Zumbido;
  • Orquite unilateral;
  • Parotidite supurativa.

Outros sintomas possíveis incluem dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia. As complicações possíveis consistem em dor ocular, fotofobia, lacrimejamento aumentado e/ou perda da acuidade visual, decorrente de uveíte. A suspeita é de notificação compulsória.

Fatores de risco: Exposição em áreas endêmicas ou a pacientes ou animais infectados.

Abordagem Diagnóstica

  • O diagnóstico deve incluir com exames de rotina:Hemograma completo, hepatograma, ureia e creatinina, gasometria arterial;
  • Isolamento viral por cultura de tecidos e/ou reação de polimerização em cadeia com transcrição reversa (RT-PCR);
  • Sorologia por ELISA;
  • Imuno-histoquímica de tecidos post mortem e microscopia eletrônica.

Pode-se observar na fase precoce quadros como trombocitopenia, leucopenia com linfopenia importante, assim como neutrofilia e alteração de enzimas hepáticas. Devido ao tipo de transmissão, o diagnóstico deve ser realizado em laboratórios com nível 4 de biossegurança.

Diagnóstico Diferencial

  • Malária;
  • Febre tifoide;
  • Abdome agudo;
  • Febre hemorrágica da Crimeia-Congo;
  • Febre hemorrágica de Marburg;
  • Outras febres hemorrágicas.

Acompanhamento

Indicações de internação: Todos os casos suspeitos de febre hemorrágica devem ser internados em isolamento específico com nível 4 de biossegurança.

Indicações de alta: Estabilidade clínica, hemodinâmica, laboratorial e sem evidências de possível transmissibilidade.

Abordagem Terapêutica

A terapia é de suporte com atenção especial ao volume intravascular, eletrólitos, nutrição, reposição de fatores de coagulação, heparinização e conforto ao paciente. Não há terapia específica para tratamento ou profilaxia da infecção pelo vírus.

Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia-a-dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica. Para saber mais, recomendamos a leitura dos termos de uso dos nossos produtos.
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