Doenças sexualmente transmissíveis (DST) são as infecções mais comuns entre os adultos. Pesquisas pequenas têm demonstrado uma associação entre depilação da região pubiana e a DST. Agora, um novo estudo transversal em maior escala publicado na Sexually Transmitted Infections examinou esta relação.
Através de um questionário, aproximadamente 8 mil adultos (idades entre 18 e 65 anos) residentes nos EUA relataram seus hábitos de higiene íntima e histórico de DST. Entre os participantes, 75% relataram ter feito depilação em algum momento da vida, 5% tiveram DSTs cutâneas (HPV, herpes, sífilis ou molusco contagioso) e 7% DSTs secretoras (clamídia, gonorreia ou HIV).
Após o ajuste multivariável, os indivíduos que se depilaram tinham significativamente mais probabilidade de terem DST cutânea (OR = 2,6) e secretora (OR = 1,7). O aumento foi maior para os “extremos” (pessoas que depilaram todos os pelos pubianos pelo menos 11 vezes/ano) do que para os de “alta freqüência” (diariamente ou semanalmente) e “baixa freqüência” – este também foi associado com piolhos púbicos.
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Nesta amostra, a depilação dos pelos púbicos foi positivamente relacionada com história de DST. Entre os mecanismos potenciais, os autores do estudo sugerem que a depilação pode causar pequenos danos na pele, aumentando o risco de DST.
Os pesquisadores ressaltam que mais investigações são necessárias para obter uma visão mais clara sobre as estratégias a serem tomadas para redução do risco.
Referências:
- Sex Transm Infect doi:10.1136/sextrans-2016-052687
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