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Infectologia2 setembro 2019

Vacinação reduz prevalência de rotavírus nos EUA

Com dados de sistemas de vigilância, o CDC procurou avaliar o impacto a longo prazo da vacinação contra rotavírus na prevalência e sazonalidade da doença.

Por Isabel Cristina Melo Mendes

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

Em meio a diversos mitos em relação à segurança das vacinas e à reemergência de doenças previamente controladas devido à baixa cobertura vacinal, um novo relatório divulgado pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC) mostra novas evidências do benefício da vacinação.

Saiba mais: Mitos e verdades sobre a vacinação

Antes de 2006, doença por rotavírus era a principal causa de gastroenterite grave em crianças dos Estados Unidos. Utilizando dados de sistemas de vigilância, o CDC procurou avaliar o impacto a longo prazo da vacinação contra rotavírus – introduzida nos EUA em 2006 – na prevalência e na sazonalidade da doença. Os dados foram analisados em dois períodos: o período pré-vacinal (2000 – 2006) e o pós-vacinal (2007 – 2018).

Os resultados mostram uma redução na porcentagem média de testes positivos para rotavírus de 25,6% (25,2 – 29,4) no período pré-vacinal para 6,1% (2,6 – 11,1) no pós-vacinal, uma redução de 76%. Da mesma forma, o período pós-vacinal apresentou, em comparação com o período pré-vacinal, menores valores anuais médios de pico de positividade (43,1% vs. 14%) e menor duração média dos períodos de sazonalidade (26 semanas vs. 9 semanas).

Veja também:  Novo calendário nacional de vacinação do Ministério da Saúde para 2019

Um achado interessante foi o de um novo padrão de sazonalidade após a introdução da vacina composto de biênios, com um ano de alta atividade e outro de baixa atividade do vírus. Acredita-se que isso seja devido à relativa baixa cobertura vacinal nos EUA, que está em torno de 70%. O relatório destaca que, em países em que a vacinação alcança 90 a 95% da população, esse padrão não é observado.

O relatório conclui que a introdução da vacina contra rotavírus reduziu marcadamente a prevalência de rotavírus nos EUA. Durante todo o período pós-vacinal, a atividade do vírus e a duração dos períodos de sazonalidade foram menores do que nos anos pré-vacinais. Os autores reforçam que esforços para aumentar a cobertura vacinal devem continuar para maximizar esses benefícios.

Referências:

  • Hallowell, BD, Parashar, UD, Curns, A, DeGroote, NP, Tate, JE. Trends in the Laboratory Detection of Rotavirus Before and After Implementation of Routine Rotavirus Vaccination – United States, 2000 – 2018. MMWR 2019. Disponível em: https://www.cdc.gov/mmwr/volumes/68/wr/mm6824a2.htm?s_cid=mm6824a2_w
  • Kuehn, B. Reductions in Rotavirus Infections. JAMA 2019;322(6):496. doi:10.1001/jama.2019.11314

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