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Infectologia11 abril 2017

Vacina contra influenza reduz risco de morte pediátrica?

Influenza (gripe) é uma doença viral febril, aguda, geralmente benigna e autolimitada. Possui elevada transmissibilidade e distribuição global.

Por Juliana Festa

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

Influenza (conhecida como gripe) é uma doença viral febril, aguda, geralmente benigna e autolimitada. Possui elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais e também podendo causar pandemias.

Febre, calafrios, tremores, cefaleia, mialgia, anorexia, tosse seca, dor de garganta e coriza são sintomas sistêmicos e respiratórios frequentes observados durante a influenza. A infecção geralmente dura 1 semana e com os sintomas sistêmicos persistindo por alguns dias.

Idosos, crianças, gestantes e pessoas com comorbidades possuem um risco maior de desenvolver complicações devido à influenza. A vacinação é a intervenção mais importante na redução do impacto.

Desde 1999, a estratégia de vacinação contra a influenza foi incorporada no Programa Nacional de Imunizações, a fim de reduzir hospitalizações, complicações e mortes na população alvo para a vacinação no Brasil. O Ministério da Saúde realiza a Campanha Nacional de Vacinação contra influenza anualmente, e os grupos prioritários (crianças de 6 meses a menores de 5 anos, gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde, povos indígenas, indivíduos com ≥ 60 anos de idade, população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional, pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e pessoas portadoras de outras condições clínicas especiais) podem receber gratuitamente a vacinação nos postos de saúde.

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A maior parte das mortes pediátricas associadas à influenza ocorrem em crianças não vacinadas. Evidências para a eficácia da vacinação na prevenção de mortes associadas à influenza são necessárias. Neste contexto, recentemente, foi publicado um estudo que avaliou se a vacinação contra a influenza reduziu o risco de morte associada à influenza em crianças e adolescentes.

De julho de 2010 a junho de 2014, 358 mortes pediátricas associadas à influenza confirmadas por laboratório foram relatadas entre crianças de 6 meses a 17 anos. O status de vacinação foi determinado para 291 mortes, 75 (26%) receberam a vacina antes do início da doença. As proporções vacinadas foram semelhantes para meninos e meninas e não apresentaram diferença.

A eficácia da vacina contra a morte foi de 65% (intervalo de confiança [IC] 95%: 54% a 74%). A eficácia da vacina entre crianças com condições de alto risco foi de 51% (IC 95%: 31% a 67%), comparado com 65% (IC 95%: 47% a 78%) entre crianças sem condições de alto risco.

A vacinação contra a influenza foi associada com redução do risco de morte pediátrica associada à influenza confirmada laboratorialmente. Dessa forma, o aumento da vacinação pode prevenir mortes associadas à influenza em crianças e adolescentes.

 

Referências:

  • Portal da Saúde – Ministério da Saúde – www.saude.gov.br.
  • Flannery B, Reynolds SB, Blanton L, Santibanez TA, O ’halloran A, Lu P-J, et al. Influenza Vaccine Effectiveness Against Pediatric Deaths: 2010–2014. Artic Pediatr [Internet]. 2017;139(5):2010–4.

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