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Infectologia28 setembro 2023

Vacina contra câncer de pulmão? Pesquisador fala de resultados em estudo de fase 3

A vacina contra o câncer de pulmão pode revigorar respostas imunes antitumorais-específicas após a falha do ICB.

A empresa francesa OSE Immunotherapeutics divulgou um comunicado de que a fase 3 dos estudos a respeito de uma nova vacina contra câncer de pulmão mostrou resultados promissores. 

Os resultados foram publicados no Annals of Oncology e mostraram uma melhora na taxa de sobrevida dos pacientes tratados com a vacina, de acordo com o que foi concluído com o estudo ATALANTE-1. 

Inicialmente, os responsáveis queriam contar com 363 pacientes, mas o recrutamento foi afetado pela pandemia de covid-19. Para o Dr. Benjamin Besse, principal pesquisador do estudo, “não tivemos a abrangência que gostaríamos, mas nos ajudou a compreender que as pessoas que mais se beneficiaram da vacina foram os pacientes que tinham respondido à imunoterapia no passado”. 

O diretor de pesquisa clínica completou afirmando que “a avaliação contínua da Tedopi é totalmente justificada como tratamento de segunda linha do CPNPC avançado ou metastático”. 

Saiba mais: IA na detecção de câncer de pulmão: como é possível implementar?  

Vacina contra câncer de pulmão? Pesquisador fala de resultados em estudo de fase 3

Vacina contra câncer de pulmão? Pesquisador fala de resultados em estudo de fase 3

Sobre o estudo 

O estudo (ATALANTE-1) comparou a taxa de sobrevivência de pacientes em estágio avançado de câncer de pulmão de células não pequenas, não ressecáveis e inelegíveis para radioterapia, tratados com a vacina, batizada de Tedopi, e pacientes em quimioterapia. Os pacientes selecionados para o estudo haviam passado sem sucesso por imunoterapia. 

Leia também: Autotransplante de pulmão: opção de tratamento ao câncer metastático?

Métodos e resultados  

O ATALANTE-1 contou com 219 pacientes randomizados em dois grupos, 139 foram alocados no grupo da vacina e 80 na quimioterapia (realizada com docetaxel ou pemetrexed). Do total de selecionados, 118 tiveram resistência secundária aos inibidores de checkpoint imunológicos.  

No grupo geral, a mediana de sobrevida global foi não significativamente maior no grupo tratado com a vacina {(HR) [95% (IC)] 0,86 [0,62-1,19], P = 0,36}. No grupo que teve resistência secundária, a vacina melhorou significativamente a mediana de sobrevida [11,1 meses contra 7,5 meses; HR (95% IC) 0,59 (0,38-0,91), P = 0,017], a sobrevida pós-progressão (HR 0,46, P = 0,004), o tempo até a deterioração do status de desempenho do ECOG (HR 0,43, P = 0,006) e o resultado do estado de saúde global (QLQ-C30) quando comparados aos pacientes que estavam em quimioterapia (P = 0,045). 

Efeitos adversos de grau maior ou igual a 3 ocorreram em 11,4% dos pacientes que receberam a vacina e 35,1% dos pacientes em quimioterapia (P = 0,002). 

Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal. 

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Referências bibliográficas

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