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O risco a curto prazo de convulsão após sepse já é bem estabelecido pelas evidências. Em um novo estudo, apresentado na reunião anual da American Academy of Neurology, pesquisadores analisaram a possível persistência desse risco a longo prazo.
Pesquisadores analisaram cerca de 850 mil altas hospitalares em três estados americanos (Califórnia, Nova York e Flórida), entre 2005 e 2013, com até 8 anos de follow-up. Os resultados mostraram que indivíduos com sepse têm um risco cinco vezes maior de convulsões após a alta (hazard ratio [HR]: 4,98; intervalo de confiança [IC] de 95%: 4,92-5,04), em comparação com uma coorte similar de pacientes sem registros de sepse.
Uma análise das taxas de convulsões cumulativas nos dois grupos mostrou que os sobreviventes de sepse continuaram a enfrentar um risco elevado de convulsões durante período do estudo. Os riscos cumulativos aos 8 anos foram 6,67% entre os pacientes com sepse versus 1,27% nos controles.
Em outra análise, através de registros do Medicare com indivíduos de 65 anos ou mais, o riscou aumentado a longo prazo associado à sepse prévia nessa faixa etária também foi significativo (taxa de incidência: 2,72; [IC] de 95%: 2,60-2,83).
Para os autores do estudo, esses resultados mostram que a sepse tem um potencial significativo para causar lesão cerebral. Pesquisas futuras devem abordar as vias específicas, os fatores de risco para convulsões após a sepse e intervenções ou estratégias de proteção.
Veja também: ‘O tempo para o início do antibiótico na sepse faz diferença?’
Referências:
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