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Pacientes com cirrose estão em alto risco de infecção por Clostridium difficile (ICD). A rifaximina é comumente usada nessa população como profilaxia para encefalopatia hepática. Em novo artigo do Clinical Infectious Diseases, publicado em maio, pesquisadores avaliaram a incidência e as características de ICD em pacientes com cirrose, principalmente naqueles que receberam rifaximina.
Para esse estudo, 388 cirróticos foram avaliados e acompanhados por um período de seis anos. Seus prontuários médicos foram revisados retrospectivamente. Destes, 127 tiveram, pelo menos, um episódio de diarreia em que uma amostra foi enviada para o laboratório.
Risco de Clostridium com rifaximina
ICD foi detectado em 46 pacientes. Quatorze pacientes (30,4%) estavam recebendo rifaximina como profilaxia para encefalopatia hepática. Os principais ribotipos detectados foram 001 (30,4%) e 014 (19,6%). A resistência à rifaximina foi de 34,1% no geral e 84,6% nos pacientes que receberam rifaximina. A análise multivariada mostrou que a terapia com rifamicina e o ribotipo 001 foram fatores de risco significativos para infecção resistente.
Pelos achados, os pesquisadores concluíram que a rifaximina pode aumentar o risco de infecção por Clostridium difficile em pacientes com cirrose.
Uso de inibidores da bomba de prótons aumenta risco de ICD?
*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED
Referências:
- Reigadas E et al. Breakthrough Clostridium difficile infection in cirrhotic patients receiving rifaximin. Clin Infect Dis 2018 Mar 19; 66:1086 || https://doi.org/10.1093/cid/cix918
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