Nota técnica publicada pelo Ministério da Saúde indica que apenas o teste rápido que detecta antígenos NS1 deve ser utilizado para diagnóstico de dengue.
De acordo com a pasta ministerial, os testes que utilizam a detecção da proteína NS1 (antígeno não estrutural 1) para verificarem a presença do vírus da dengue são mais eficazes para o diagnóstico da doença em sua fase aguda, tornando-os ferramentas melhores na condução da assistência aos pacientes.
Outras recomendações do Ministério da Saúde incluem:
- Utilizar testes com sensibilidade igual ou maior a 95% e especificidade igual ou maior a 90%, em soro ou plasma.
- Realizar o teste entre o primeiro e o quinto dia após o início dos sintomas.
- E que um resultado negativo não exclui o diagnóstico. E que para esses casos, exames para diagnóstico diferencial e/ou confirmatórios de dengue podem ser solicitados, RT-PCR e sorologias através de ELISA.
Outros testes
A recomendação para utilização apenas de Testes Rápidos (TR) imunocromatográficos para detecção de antígeno (Ag) NS1 presente na Nota Técnica Nº 16/2024-CGLAB/SVSA/MS se deu devido as limitações da metodologia e questões relacionadas aos resultados dos outros testes rápidos. De acordo com a nota, os testes para detecção de Anticorpos IgM e IgG são ineficientes para diferenciação de uma infecção aguda de uma latente (os anticorpos ficam ativos por até três meses depois da fase inicial da infecção). Além disso são incapazes e diferenciar a resposta imunológica contra o vírus selvagem daquela gerada como resposta à vacina. Os testes que combinam os dois métodos de detecção apresentam as mesmas limitações. Saiba mais: Estudo analisou genes ‘relevantes’ no processo imune da dengueComo você avalia este conteúdo?
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