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Infectologia31 agosto 2018

Rastreio para HIV e Sífilis ainda é baixo em pacientes com Doença Inflamatória Pélvica

Estudo indica que a triagem para o vírus HIV e Sífilis ainda é muito baixa em mulheres jovens diagnosticadas com Doença Inflamatória Pélvica (DIP).

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Embora a Doença Inflamatória Pélvica (DIP) possa indicar sinais da ação do vírus HIV e Sífilis no organismo de mulheres jovens e adolescentes, a triagem para a presença dessas doenças no organismo ainda é muito baixa, apesar de ser altamente recomendada. Um levantamento realizado pela American Academy of Pediatrics, publicado na Journal Watch em julho deste ano, investigou a incidência de infecção pelo HIV e Sífilis em 10,698 pacientes de 12 a 21 anos atendidas com DIP, entre 2010 e 2015, nas emergências dos hospitais pediátricos dos Estados Unidos.

Leia mais: Sintomas neurológicos em paciente HIV positivo: 6 pontos para o diagnóstico

Do total das mulheres diagnosticadas com Doença Inflamatória Pélvica, 22% receberam screening apenas para infecção pelo HIV (95% CI 21.2%–22.8%), 27,7% somente para Sífilis (95% CI 26.9%–28.6%) e 18% para as duas doenças. As taxas de rastreio dependeram de cada hospital que aplicou o procedimento nas pacientes, variando de 3% até 60%. Entre as mulheres que participaram do procedimento, a maioria estava na faixa etária entre 12 e 16 anos e pertencia à raça negra.

Por razões de confidencialidade, os pesquisadores não informaram qual foi o percentual de pacientes cujos testes deram positivo para a presença do vírus HIV ou da sífilis. No entanto, o objetivo do estudo era levantar dados sobre a quantidade de rastreio aplicada para essas doenças sexualmente transmissíveis quando a paciente era diagnosticada com DIP. A conclusão é de que os índices de aplicação de screeening ainda são muito baixos.

No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, em 2017 havia 860 mil pessoas convivendo com o HIV. Apesar das campanhas de conscientização para o uso de camisinha, o número de jovens infectados entre 16 a 24 anos aumentou de 2005 a 2016, de 2,4 para 6,9 casos por cada 100 mil habitantes, ou seja, os incidentes quase triplicaram em pouco mais de uma década.

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