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Infectologia1 outubro 2018

HIV: doravirina é o novo antirretroviral aprovado pela FDA

A The U.S Food and Drug Administration (FDA) aprovou recentemente o uso de doravirina em combinação com antivirais inibidores da transcriptase reversa.

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A The U.S Food and Drug Administration (FDA) aprovou recentemente o uso de doravirina em combinação com antivirais inibidores da transcriptase reversa (NRTI) para o tratamento do vírus HIV em adultos. O medicamento é uma nova espécie de Inibidor Não Nucleosídeos da Transcriptase Reversa (NNRTI) que bloqueia a ação da enzima viral e a sua multiplicação. A doravirina se mostrou eficaz no combate ao vírus resistente que apresenta mutações contra outras drogas do mesmo tipo.

O levantamento foi baseado no resultado de dois testes clínicos fase 3 realizados com indivíduos nunca tratados para o HIV. Amostras de plasma foram testadas para suscetibilidade genótipa e fenótipa de NNRTI por meio de ensaio de resistência. Participaram do levantamento um total de 728 indivíduos que foram designados aleatoriamente em dois grupos, o primeiro (n=364) recebeu uma dose diária de 100 mg de doravirina em combinação com Lamivudina (300 mg) e Tenofovir (300 mg), o segundo (n=364) foi tratado com efavirenz em dose diária de 600 mg, combinado com emtricitabina (200 mg) e tenofovir (300 mg).

Leia mais: HIV: conheça as infecções oportunistas e como combatê-las [ABRAMEDE 2018]

A pesquisa acompanhou os pacientes por 96 semanas e a eficácia do desfecho primário foi a redução da carga viral nos pacientes para <50 cópias de RNA/ml já na semana 48; neste prazo, 84, 3% dos participantes do grupo da doravirina e 80,8% do grupo do efavirenz alcançaram a meta de <50 cópias/ml. (Diferença 3,5, IC 95% [-2,0-9.0]).

A pesquisa revelou que a doravirina provocou menos efeitos colaterais nos pacientes, no grupo tratado com o fármaco, apresentaram menos sinais de tontura do que no segundo grupo (8,8% vs 37,1%), menos complicações de sono (12,1% vs 25,2%) e a incidência de alterações sensoriais foi menor (4,4% vs 8,2%). A incidência de diarreia foi menor também no primeiro grupo do que no segundo (11% vs 13%), assim como náuseas (8% vs 11%) e vômitos (4% vs 7%). As mudanças nos marcadores de lipoproteína de baixa densidade (LDL-C) e no colesterol não-HDL foram significantemente diferentes no grupo da doravirina e no do efavirenz (−1,6 vs +8,7 mg/dl e −3,8 vs +13,3 mg/dl, respectivamente).

Os pesquisadores concluíram que o tratamento com doravirina mostrou eficácia semelhante a de outros fármacos usados no controle da carga viral. A doravirina foi bem tolerada nos pacientes e provocou menores efeitos colaterais normalmente associados aos antirretrovirais.

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*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

Referências:

  • Chloe Orkin, Kathleen E Squires, Jean-Michel Molina, Paul E Sax, Wing-Wai Wong, Otto Sussmann, Richard Kaplan, Lisa Lupinacci, Anthony Rodgers, Xia Xu, Gina Lin, Sushma Kumar, Peter Sklar, Bach-Yen Nguyen, George J Hanna, Carey Hwang, Elizabeth A Martin, DRIVE-AHEAD Study Group; Doravirine/Lamivudine/Tenofovir Disoproxil Fumarate is Non-inferior to Efavirenz/Emtricitabine/Tenofovir Disoproxil Fumarate in Treatment-naive Adults With Human Immunodeficiency Virus–1 Infection: Week 48 Results of the DRIVE-AHEAD Trial, Clinical Infectious Diseases, , ciy540, https://doi.org/10.1093/cid/ciy540

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