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Infectologia25 julho 2024

Febre oropouche: Ministério da Saúde confirma as duas primeiras mortes pela doença

Esses são os primeiros registros de mortes por febre do oropouche na literatura científica mundial. 

O Ministério da Saúde confirmou dois óbitos por febre do oropouche no Brasil. Ambas as vítimas são mulheres jovens, sem comorbidades, moradoras de cidades no estado da Bahia. Até hoje, não havia relatos de mortes por essa doença na literatura científica mundial. 

Um outro óbito, ocorrido em Santa Catarina, ainda está em processo de investigação. Anteriormente, a morte de uma pessoa no Maranhão havia também despertado suspeitas por parte secretaria estadual, no entanto foi descartada por não ter sido estabelecida relação causal com a doença.  

Acompanhamento 

O Ministério da Saúde tem supervisionado casos e possíveis mortes por oropouche através da Sala Nacional de Arboviroses, mantendo comunicação contínua com as secretarias de saúde estaduais e municipais. O monitoramento é feito também por meio de visitas técnicas, investigações diretas, busca ativa e pesquisas sobre vetores, apoiando as respostas locais dos estados e municípios. 

Histórico 

Em 2024, foram registrados 7.236 casos em 20 estados brasileiros, com a maioria no Amazonas e Rondônia. Seis casos de transmissão vertical (de mãe para filho) estão sendo investigados, incluindo dois óbitos fetais e casos de anomalias congênitas. 

Em 2023, testes diagnósticos foram distribuídos nacionalmente, ampliando a detecção da doença para outras regiões além do Norte. 

O vírus do oropouche, transmitido principalmente por maruins, foi isolado no Brasil em 1960 e, desde então, os casos vêm sendo monitorados continuamente. 

Leia também: Febre oropouche e dengue: semelhanças e diferenças

Recomendações 

Entre as recomendações da pasta estão a intensificação da vigilância durante a gestação e o monitoramento de bebês de mulheres com suspeita clínica de arboviroses, como dengue, zika, chikungunya e febre do oropouche. 

Também é recomendado alertar a população, especialmente gestantes, sobre medidas preventivas, como evitar áreas com alta presença de vetores e usar roupas que cubram a maior parte do corpo. 

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Referências bibliográficas

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