Logotipo Afya
Anúncio
Infectologia7 junho 2024

Covid-19: o que muda na campanha de vacinação

Doença ainda causa mortes no Brasil, com cerca de 3.500 óbitos registrados somente em 2024.

Embora o pior momento da pandemia de covid-19 já tenha passado, a doença ainda causa mortes no Brasil, com cerca de 3.500 óbitos registrados em 2024. 

Em 2021, o ano mais crítico da crise sanitária, o país contabilizou 424 mil mortes. Os índices seguiram em queda, diminuindo drasticamente para 74 mil em 2022, 14 mil em 2023 e 3,5 mil até maio de 2024. 

A redução coincidiu com a chegada das vacinas em 2021 e o aumento da imunização, com o Brasil sendo um dos primeiros países a imunizar mais de 80% da população. 

No primeiro trimestre de 2023, 188,3 milhões de brasileiros (93,9% da população) haviam tomado pelo menos uma dose de vacina, enquanto 11 milhões (5,6%) permaneciam não imunizados. 

Vacinação para estreptococo do grupo B em gestantes

Imagem de freepik

Mudanças 

Entre 2021 e 2023, o Brasil utilizou quatro vacinas contra a covid-19: CoronaVac (Sinovac/Butantan), Comirnaty (Pfizer), Vaxzevria (AstraZeneca/FioCruz) e Jcovden (Janssen). Atualmente, apenas a vacina da Pfizer permanece em uso nos postos de saúde, tendo sido atualizada para combater variantes do vírus. Além disso, o país começou a utilizar o imunizante Spikevax, da Moderna, que, assim como a Pfizer, usa a tecnologia de mRNA. 

Recentemente, foi aprovada a Covovax, da Novavax, uma vacina de subunidade proteica, mas ainda não há previsão de seu uso na rede pública. 

A escolha das vacinas se baseia na eficácia. As vacinas de mRNA (Pfizer e Moderna) mostraram induzir uma resposta imunológica mais robusta e uma maior proteção. Em contraste, a CoronaVac, embora ainda recomendada para algumas crianças, mostrou resultados inferiores e deixou de ser utilizada conforme os estoques se esgotaram. 

Influenza, covid-19 e dengue: qual o risco de uma tripla infecção?

Prioridades 

A vacinação contra a covid-19 agora é prioritária para grupos específicos. Grupos altamente vulneráveis, como aqueles que não tiveram contato com o Sars-CoV-2 ou têm um sistema imunológico mais frágil, precisam de reforços frequentes. 

A periodicidade também varia: alguns devem tomar uma dose por ano, enquanto outros, a cada seis meses. A campanha de 2024 do Ministério da Saúde estabelece duas doses por ano, com um intervalo mínimo de seis meses entre elas, para certos grupos prioritários, como: 

  • Pessoas com mais de 60 anos; 
  • Indivíduos imunocomprometidos com mais de 5 anos; 
  • Gestantes e puérperas. 

Abaixo, os grupos que deve tomar uma vacina por ano, com um intervalo mínimo de três meses em relação à última dose aplicada: 

  • Pessoas que vivem em instituições de longa permanência; 
  • Trabalhadores de instituições de longa permanência;
  • Indígenas; 
  • Ribeirinhos; 
  • Quilombolas; 
  • Trabalhadores da saúde; 
  • Pessoas com deficiência permanente; 
  • Pessoas com comorbidades; 
  • Pessoas privadas de liberdade com mais de 18 anos; 
  • Funcionários do sistema prisional; 
  • Adolescentes e jovens que cumprem medidas socioeducativas; 
  • Pessoas em situação de rua. 
  • Para quem nunca foi vacinado contra a covid: 
  • Crianças de 6 meses a 5 anos: duas doses de vacina, com um intervalo de quatro semanas entre elas; 
  • Crianças de mais de 5 anos: uma dose do imunizante; 
  • Pessoas imunocomprometidas com mais de 5 anos: três doses. A segunda é aplicada quatro semanas após a primeira. Já a terceira vem após oito semanas da segunda.

Como você avalia este conteúdo?

Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.

Compartilhar artigo

Referências bibliográficas

Newsletter

Aproveite o benefício de manter-se atualizado sem esforço.

Anúncio

Leia também em Saúde