Embora o pior momento da pandemia de covid-19 já tenha passado, a doença ainda causa mortes no Brasil, com cerca de 3.500 óbitos registrados em 2024.
Em 2021, o ano mais crítico da crise sanitária, o país contabilizou 424 mil mortes. Os índices seguiram em queda, diminuindo drasticamente para 74 mil em 2022, 14 mil em 2023 e 3,5 mil até maio de 2024.
A redução coincidiu com a chegada das vacinas em 2021 e o aumento da imunização, com o Brasil sendo um dos primeiros países a imunizar mais de 80% da população.
No primeiro trimestre de 2023, 188,3 milhões de brasileiros (93,9% da população) haviam tomado pelo menos uma dose de vacina, enquanto 11 milhões (5,6%) permaneciam não imunizados.
Mudanças
Entre 2021 e 2023, o Brasil utilizou quatro vacinas contra a covid-19: CoronaVac (Sinovac/Butantan), Comirnaty (Pfizer), Vaxzevria (AstraZeneca/FioCruz) e Jcovden (Janssen). Atualmente, apenas a vacina da Pfizer permanece em uso nos postos de saúde, tendo sido atualizada para combater variantes do vírus. Além disso, o país começou a utilizar o imunizante Spikevax, da Moderna, que, assim como a Pfizer, usa a tecnologia de mRNA.
Recentemente, foi aprovada a Covovax, da Novavax, uma vacina de subunidade proteica, mas ainda não há previsão de seu uso na rede pública.
A escolha das vacinas se baseia na eficácia. As vacinas de mRNA (Pfizer e Moderna) mostraram induzir uma resposta imunológica mais robusta e uma maior proteção. Em contraste, a CoronaVac, embora ainda recomendada para algumas crianças, mostrou resultados inferiores e deixou de ser utilizada conforme os estoques se esgotaram.
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Prioridades
A vacinação contra a covid-19 agora é prioritária para grupos específicos. Grupos altamente vulneráveis, como aqueles que não tiveram contato com o Sars-CoV-2 ou têm um sistema imunológico mais frágil, precisam de reforços frequentes.
A periodicidade também varia: alguns devem tomar uma dose por ano, enquanto outros, a cada seis meses. A campanha de 2024 do Ministério da Saúde estabelece duas doses por ano, com um intervalo mínimo de seis meses entre elas, para certos grupos prioritários, como:
- Pessoas com mais de 60 anos;
- Indivíduos imunocomprometidos com mais de 5 anos;
- Gestantes e puérperas.
Abaixo, os grupos que deve tomar uma vacina por ano, com um intervalo mínimo de três meses em relação à última dose aplicada:
- Pessoas que vivem em instituições de longa permanência;
- Trabalhadores de instituições de longa permanência;
- Indígenas;
- Ribeirinhos;
- Quilombolas;
- Trabalhadores da saúde;
- Pessoas com deficiência permanente;
- Pessoas com comorbidades;
- Pessoas privadas de liberdade com mais de 18 anos;
- Funcionários do sistema prisional;
- Adolescentes e jovens que cumprem medidas socioeducativas;
- Pessoas em situação de rua.
- Para quem nunca foi vacinado contra a covid:
- Crianças de 6 meses a 5 anos: duas doses de vacina, com um intervalo de quatro semanas entre elas;
- Crianças de mais de 5 anos: uma dose do imunizante;
- Pessoas imunocomprometidas com mais de 5 anos: três doses. A segunda é aplicada quatro semanas após a primeira. Já a terceira vem após oito semanas da segunda.
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