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Infectologia12 março 2024

Confirmado caso de Febre Oropouche no Rio de Janeiro

Homem de 42 anos, com histórico de viagem para área endêmica, foi diagnosticado com a febre oropouche.
Diagnóstico de Febre Oropouche no Rio de Janeiro foi confirmado pelo Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) no início deste mês, o paciente foi atendido no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas com sintomas semelhantes à dengue.  Como a dengue, a febre oropouche também é uma arbovirose transmitida por mosquitos, no caso da oropouche o principal transmissor é o Culicoides paraenses. A doença foi isolada pela primeira vez no Brasil em 1960 e tem gerado casos isolados e surtos, principalmente na região amazônica, onde é endêmica, seus sintomas são muito parecidos com os de outras arboviroses: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia, sendo necessários testes para identificação da enfermidade.   Informações do Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágicos do IOC/Fiocruz dão conta de que, apesar de ser possível detectar o material genético do vírus por meio de RT-PCR, como a fase aguda já havia passado no paciente em questão, a confirmação veio através da detecção dos anticorpos contra o vírus.  O caso identificado no Rio de Janeiro é tratado como importado, já que o paciente tinha histórico de viagem para o Amazonas. 

Oropouche no Amazonas 

Desde o início de 2024, o estado do Amazonas já registrou 1.670 casos de febre Oropouche, em 2023 o número de ocorrências da doença não passou de mil, mostrando que assim como a dengue a doença passa por um aumento expressivo na quantidade de casos. Ainda não foram registradas mortes pela doença.  Para o pesquisador da Fiocruz Amazônia, Jesem Orellana, é um equívoco tratar os casos como um surto. “Nós estamos falando de uma epidemia em curso há oito meses, pelo menos, e que já foram diagnosticados cerca de dois mil casos. Na prática, nós devemos ter, pelo menos, dez mil pessoas que tiveram a doença, mas que não foi possível fazer esse diagnóstico”, declarou em entrevista à Rádio Brasil.  Ouça ainda: Febre maculosa: como identificar a doença? [podcast]  
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Referências bibliográficas

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