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Infectologia20 dezembro 2023

China confirma surto de doenças respiratórias elevado por Mycoplasma pneumoniae

O vírus sincicial respiratório e pneumonia bacteriana por Mycoplasma pneumoniae seriam as principais causas do surto.

Por Augusto Coutinho

No final de novembro deste ano, foi noticiado que a China estava enfrentando um surto de doenças respiratórias, afetando principalmente crianças. De acordo com dados do governo chinês, os atendimentos de emergência em hospitais pediátricos da região norte do país, ao redor da capital Pequim, bateram recordes de consulta. A situação logo acendeu um alerta no mundo. Autoridades locais apontaram as causas como doenças sazonais que acometeram a população no primeiro inverno sem as restrições geradas pela pandemia de covid-19. Gripe, o vírus sincicial respiratório e pneumonia bacteriana por Mycoplasma pneumoniae seriam as principais causas, não houve registro de novos patógenos. 

Saiba mais: Farmacovigilância: Pneumonia eosinofílica e uso de agentes anti-MRSA

Organização Mundial da Saúde 

A OMS requisitou dados ao governo chinês sobre o surto e após análise das informações recebidas indicou que não há motivo para uma preocupação extraordinária. De acordo com a agência trata-se de um surto “normal” considerando a sazonalidade e o fim das medidas protetivas contra covid-19, que expôs crianças que não tiveram tempo de desenvolver imunidade contra alguns vírus comuns. 

As recomendações da agência foram apenas para seguir os protocolos estabelecidos para doenças respiratórias, vacina, distância, higiene e cuidado médico. Sem necessidade de restrições mais abrangentes de viagens ou movimento. 

Segundo nota, “A OMS está acompanhando de perto a situação e em contato próximo com as autoridades nacionais da China. A OMS continuará fornecendo atualizações conforme necessário.”  

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Mycoplasma pneumoniae 

O principal responsável pelo surto é um patógeno comum, tratável com antibióticos. No Brasil, de acordo com a SBP, é o responsável por quadros menos graves, mas corresponde a 10% até 40% dos casos de pneumonia adquirida na comunidade (PAC) e a 15% até 18% das internações por PAC.  

Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal.

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