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Ginecologia e Obstetrícia6 junho 2025

XV Congresso Brasileiro de DSTs: Mudança do rastreamento do câncer de colo uterino

Especialistas debatem testes moleculares de HPV e novas diretrizes para rastreamento do câncer de colo uterino no XV Congresso Brasileiro de DSTs.

No último dia do XV congresso brasileiro de DST, XI Congresso brasileiro de AIDS, VI congresso latino-americano de IST/HIV/AIDS, A Dra. Maria Luiza Bazzo, professora da Universidade Federal de Santa Catarina, iniciou as discussões falando sobre os testes moleculares disponíveis para detecção do HPV.  

Confira na íntegra: portal.afya.com.br/ginecologia-e-obstetricia/congressos-brasileiros-de-dsts-confira-a-cobertura-completa

DSTs

Teste de biologia molecular de HPV e seu uso nos fluxogramas de testagem 

Existem vários kits disponíveis. Alguns são capazes de identificar o tipo de HPV com destaque para a relevância dos tipos de alto risco oncogênico, em especial os tipos 16/18.  

Alguns testes têm a capacidade de fazer uma genotipagem estendida identificando os vários tipos de HPV de alto risco encontrados. 

A professora lembrou da estratégia global da OMS para eliminação do câncer de colo uterino até 2030 e como uma das metas temos o rastreamento de pelo menos 70% das mulheres do grupo alvo, considerando o teste de DNA de HPV como o teste de rastreamento primário recomendado. 

Diretrizes atualizadas para o rastreamento do câncer de colo uterino no Brasil 

A Dra. Renata Maciel, doutora em saúde pública, chefe da divisão de detecção precoce do INCA, palestrou sobre a atualização das diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer de colo uterino. 

A doutora lembra que, em 2024, o teste molecular foi aprovado e incorporado pela CONITEC. 

A diretriz atual se baseia em adaptações das diretrizes da OMS e terá 58 recomendações em sua parte inicial (parte 1). A parte 2 está em elaboração e discorrerá sobre as condutas frente aos resultados alterados. 

A recomendação atual indica o teste molecular de HPV a cada 5 anos para mulheres de 25 a 60 anos. 

Para as mulheres que vivem com HIV ou outras condições de imunossupressão, o intervalo do exame deverá ser a cada três anos. A população LGBTQIA+ também foi incluída no documento com suas especificações. 

A autocoleta será uma opção para populações específicas. 

Infelizmente, atualmente, a cobertura para o rastreamento está em torno de 35% em nosso país. Esforços devem ser feitos para alcançarmos pelo menos 70% de cobertura conforme meta da OMS. 

Iniciativas para a implementação de testes de biologia molecular para o HPV no Brasil 

A Dra. Pamela Cristina Gaspar, coordenadora geral de vigilância das ISTs do Ministério da Saúde, falou sobre as iniciativas para implementação dos testes para o HPV. 

A Dra. lembrou que todos os dias, no Brasil, 18 mulheres morrem por câncer de colo uterino, apesar de termos a vacina e exames de rastreamento. 

O projeto Indaiatuba de SP em 2017 foi um projeto piloto que mostrou que era custo efetivo a implementação do teste molecular como uma estratégia principal de rastreio. Além disso, mostrou que o teste molecular é capaz de identificar lesões mais precoces, enquanto o preventivo convencional identifica lesões mais avançadas. Por outro lado, aumenta em 4 vezes a necessidade de exames de colposcopia. Logo, os serviços devem estar preparados. 

Mensagem final 

Além do rastreamento organizado, é fundamental a vacinação, o diagnóstico e tratamento adequados para redução da mortalidade do câncer de colo uterino. 

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