Ainda no penúltimo dia do XV congresso brasileiro de DST, XI Congresso brasileiro de AIDS, VI congresso latino-americano de IST/HIV/AIDS, a Dra. Mayumi Duarte, coordenadora da vigilância em saúde do instituto nacional de infectologia- Evandro Chagas/FIOCRUZ falou sobre o perfil epidemiológico e clínico da infecção pelo vírus Mpox.
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Perfil epidemiológico
Em 1970 foi identificado o primeiro caso da doença em humanos na África.
A partir dessa época, vários surtos em viajantes foram registrados em especial na África.
Em 2022, começaram a ser registrados casos de transmissão comunitária na África e casos em não viajantes. Em julho de 2022, foi feito o primeiro diagnóstico no Brasil.
Em agosto de 2024, tivemos um novo surto e foi considerado uma emergência em saúde pública.
O Centro de Operações de Emergência – COE MPOX BRASIL foi instituído em agosto de 2024 para diagnóstico e monitoramento. No momento, estamos em nível de normalidade das infecções.
Tivemos mais de 140 mil casos confirmados laboratorialmente desde 2022 e 328 mortes.
Nas Américas, tivemos 152 mortes entre 2022 e 2025. A doença é mais frequente nos EUA seguido pelo Brasil. No Brasil, a doença é mais frequente em São Paulo seguida do Rio de Janeiro.
A doença é mais frequente em homens cis, homens que fazem sexo com homens e nas 2ª e 3ª décadas de vida.
Perfil clínico
Os sintomas mais frequentes são rash cutâneo, febre e lesões genitais. Observa-se 35% de coinfecção com o HIV.
A forma genital se manifesta com dor, edema, úlceras r vulvovaginites. Podemos ter manifestações oftalmológicas e cutâneas.
No Brasil, a erupção cutânea é a manifestação clínica mais frequente seguida de febre e lesões genitais.
A vacina existente contra Mpox é uma vacina viva atenuada e não replicante, mas apresenta um fornecimento limitado. Os esforços da vacinação estão em andamento, em especial na África. No Brasil, tivemos um acesso limitado à vacina para populações vulneráveis.
Mensagem final
Apesar da doença estar controlada em nosso país, a vigilância constante e acompanhamento de casos suspeitos se faz necessária. Além disso, esforços devem ser feitos para o desenvolvimento nacional de vacina contra essa infecção.
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