Você sabe identificar e diagnosticar a diabetes gestacional?
Em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, trazemos a apresentação e diagnóstico da diabetes gestacional.
Nessa semana, abordamos o que o sono tem a ver com a diabetes gestacional. Por isso, na nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, trazemos a apresentação e a abordagem diagnóstica da diabetes gestacional.
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Definição e Classificação: Define-se pelo defeito de secreção e/ou ação de insulina, resultando em hiperglicemia. A diabetes na gestação se define por intolerância aos carboidratos que se desenvolvem durante a gestação. Após o parto e puerpério, podem permanecer, necessitando investigação. Podem ser divididas entre: Diabetes tipo 1, tipo 2 e gestacional (DMG). No tipo 1 há uma deficiência completa de insulina, através de um processo auto imune contra as ilhotas pancreáticas. No tipo 2, é a combinação de resistência insulínica e inadequada resposta compensatória de secreção a insulina.
Fatores de risco:
- Antecedentes de morte fetal ou neonatal, macrossomia e/ou diabetes gestacional em gestação prévia;
- > 25 anos;
- Obesidade ou ganho excessivo durante a gestação;
- História familiar de diabetes em parentesco de 1o grau;
- Polidramnia, crescimento fetal excessivo, hipertensão ou pré eclampsia na gravidez em vigência.
Alterações fisiológicas durante o período gestacional:
- Ocorre uma tendência a hipoglicemia e em consequência queda na necessidade no uso de insulina no 1o trimestre, devido a maior passagem de glicose para o feto. Importante atentar para quadros de êmeses, hiperêmese e náuseas nesta fase da gestação, que colabora para um agravo nos quadros de hipoglicemia, principalmente em pacientes diabéticas prévias.
- O hormônio placentário tem como característica ser contrainsulínico (assim como o Estrogênio, cortisol e a progesterona). Ele começa a ser produzido no 2o trimestre, sendo o estado hipoglicêmico do primeiro trimestre ficar em queda, prevalecendo a resistência insulínica. Ocorrendo um estado hiperinsulinêmico fisiológico da gestação. A fisiopatologia do diabetes gestacional ocorre neste momento, quando o pâncreas não consegue contornar este estado hiperinsulínico.
- O terceiro trimestre cursa com aumento nas doses de insulinoterapia. Em caso de diminuição da dose, suspeitar de insuficiência placentária.
- Na fase puerperal, não há mais a principal ação do hormônio contra insulínico (hormônio lactogênio placentário) devido a ausência da placenta.
Abordagem Diagnóstica: O protocolo mais usado e preconizado nos dias atuais é o do ADA (American Diabetes Association, 2012), sendo o rastreio universal:
Diabetes prévio a gestação:
• Glicemia de jejum ≥ a 126mg/dL;
• Hemoglobina Glicada ≥ 6,5%;
• Glicemia aleatória ≥ 200 mg/dL;
• Glicemia após TOTG (Teste oral tolerância a glicose) 75 g dextrosol ≥ 200 mg/dL.
Diabetes gestacional: Em pacientes sem diagnóstico prévio a gestação, utiliza-se a medida do TOTG 75 g de dextrosol, sendo considerado tais valores para diagnóstico:
• ≥ 92 mg/dL em jejum;
• ≥ 180 mg/dL na 1 hora pós administração;
• ≥ 153 mg/dL em 2 horas pós administração.
Qualquer valor alterado confirma o diagnóstico de diabetes gestacional.
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