Essa semana no Portal da PEBMED falamos as atualizações diagnósticas e terapêuticas da vasa prévia. Por isso, em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, separamos os critérios sobre diagnóstico e apresentação clínica da vasa prévia.
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Introdução: Na vasa prévia, os vasos sanguíneos fetais estão presentes nas membranas que cobrem o orifício cervical interno. Os vasos membranosos podem ser associados com um cordão umbilical de inserção velamentosa (vasa prévia tipo 1) ou podem estar ligados a lóbulos de uma placenta bilobada ou um lóbulo de placenta sucenturiada (vasa prévia tipo 2).
Prevalência: A prevalência de vasa prévia é de aproximadamente 1 em 2500 partos, mas é muito maior em gestações concebidas após a utilização de tecnologias de reprodução assistida (prevalência de até 1 em 202). A prevalência é também maior quando no segundo trimestre as placentas são baixas ou prévias, bilobada ou sucenturiada e em gestações múltiplas.
Fatores de risco: Inserção velamentosa de cordão, placenta prévia ou baixa em ultrassonografia de segundo trimestre (mesmo que se resolva após), lobo placentário sucenturiado ou placenta bilobada, FIV e gestação múltipla.
Diagnóstico:
- Ultrassonografia: a vasa previa aparece como uma área sonolucente linear que passa sobre o orifício interno do colo. O mapeamento com Doppler a cores mostra as formas de onda da artéria ou veia.
- Exame físico: Raramente, vasos pulsáteis nas membranas que recobrem o orifício cervical são palpáveis no exame digital.
- A RNM pode ser utilizada para esclarecer casos em que há dúvidas na ultrassonografia.
- Na ausência de diagnóstico ultrassonográfico pré-natal, o diagnóstico clínico de vasa prévia deve ser suspeitado na ocorrência de sangramento vaginal após a ruptura das membranas,acompanhado por anormalidades da freqüência cardíaca fetal, particularmente um padrão sinusoidal ou bradicardia (a ruptura de vasa prévia ocasiona sofrimento fetal).
Complicações: Se o diagnóstico não for feito no pré-natal, no momento da ruptura de membranas, há intensa hemorragia fetal dentro de minutos, com sofrimento fetal, podendo ocorrer óbito do feto.
Diagnóstico pré-natal: CTG 2 vezes por semana entre 28 e 30 semanas (avaliar compressão funicular), corticoterapia entre 28 e 32 semanas e admissão hospitalar entre 30 e 34 semanas para estreita vigilância (e cesariana de emergência em caso de ruptura).
- Parto: Cesariana de emergência se: Trabalho de parto, RPMO, desacelerações variáveis repetitivas refratários a tocólise, sangramento vaginal acompanhado por taquicardia fetal, padrão de ritmo cardíaco sinusoidal, ou outros sinais de sofrimento fetal.
- Parto planejado (vasa previa sem ruptura): cesariana eletiva entre 34 e 37 semanas de idade gestacional.
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