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Ginecologia e Obstetrícia29 outubro 2025

Tratamento da Bexiga Hiperativa com APP de treinamento vesical em mulheres

Novo estudo mostrou que um aplicativo móvel de treino vesical pode melhorar a qualidade de vida e a satisfação sexual de mulheres com bexiga hiperativa. 
Por Sérgio Okano

Um novo estudo publicado no World Journal of Urology mostra que um aplicativo móvel de treino vesical pode melhorar significativamente a qualidade de vida e a satisfação sexual de mulheres com bexiga hiperativa.

O ensaio randomizado controlado incluiu 100 mulheres diagnosticadas com hiperatividade do detrusor, que foram randomizadas para dois grupos: um que utilizou um aplicativo móvel para treino vesical e um grupo de controle. O aplicativo foi desenvolvido com base no modelo ADDIE (Analysis, Design, Development, Implementation, Evaluation) como estrutura de desenho. Todas as participantes receberam treinamento presencial sobre treino vesical por 30 minutos. As do grupo de intervenção aprenderam a usar o app; o controle recebeu material impresso e diário em papel. Além disso, o app programava os horários de urinar conforme o padrão do diário, lembrava a paciente a alongar gradualmente os intervalos entre as micções e fornecia materiais educativos. Foram utilizados o International Consultation on Incontinence Questionnaire-Lower Urinary Tract Symptoms Quality of Life e o New Sexual Satisfaction Scale, nos tempos basal e após 3 meses de intervenção.

Veja mais: Existe associação entre bexiga hiperativa e fibromialgia?

Os autores identificaram que, após 3 meses, o grupo que utilizou o aplicativo de treino vesical apresentou melhorias significativamente maiores nos escores em relação ao grupo controle. A aceitabilidade do aplicativo também foi reportada: as usuárias avaliaram positivamente usabilidade, vontade de usar e fidelidade ao uso.

O artigo sugere que intervenções digitais, como aplicativos móveis, possuem potencial para complementar ou oferecer uma alternativa aos tratamentos tradicionais em mulheres com Síndrome da Bexiga Hiperativa. O estudo apresenta algumas limitações, como o curto período de acompanhamento (três meses), além do desbalanceamento de alguns fatores que podem predispor à não melhora do quadro, como, por exemplo, maior consumo de café no grupo controle.

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Sérgio Okano

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