O prolapso dos órgãos pélvicos é comum, sendo que uma em cada oito mulheres terão que passar por procedimentos cirúrgicos para sua correção. Existem muitas divergências na literatura em relação a melhor técnica cirúrgica para seu reparo, é questionado qual tipo de sutura seria mais anatômica e teria mais sucesso.
Novo estudo
Em janeiro de 2023 foi publicada uma revisão sistemática e metanálise no Obstetrics & Gynecology com o objetivo de explorar o quão a sutura permanente em comparação com sutura absorvível afeta o sucesso anatômico na suspensão vaginal (suspensão do ligamento útero-sacro e suspensão do ligamento sacroespinhoso) e sacrocolpopexia com tela.
Resultados
De acordo com os autores, durante dois anos de acompanhamento, não houve diferença entre a sutura permanente em comparação com o fio absorvível para a suspensão do ligamento útero-sacro e suspensão do ligamento sacroespinhal (taxa de sucesso anatômico proporcional 88% [IC 95% 0,81–0,93] vs 88% [IC 95% 0,82–0,92]). Da mesma forma, no seguimento de 18 meses, não houve diferença na sutura permanente em comparação com a sutura absorvível na sacrocolpopexia (taxa de sucesso anatômico proporcional 92% [95% CI 0,88–0,95] vs 96% [95% CI 0,92–0,99]). Na metanálise, não houve diferença no risco relativo (RR) de sucesso para permanente em comparação com sutura absorvível para suspensão do ligamento útero-sacro e suspensão do ligamento sacroespinhal (RR 1,11, IC 95% 0,93–1,33) ou sacrocolpopexia (RR 1,00, IC 95% 0,98–1,03).
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Conclusão e mensagem prática
Os autores concluíram que as taxas de sucesso foram similares nas pacientes submetidas a correção de prolapso apical com fio absorvível ou permanente. Sendo assim, é importante avaliarmos a necessidade do fio permanente, afinal apresenta custo mais alto.
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