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Ginecologia e Obstetrícia29 agosto 2017

Qual método da contracepção de emergência é o mais seguro?

A Cochrane objetivou determinar qual o método da contracepção de emergência após relação sexual desprotegida é o mais efetivo, seguro e conveniente para prevenir a gravidez.

Por Juliana Festa

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

A gravidez não planejada é um problema comum, e inclui, em geral, casos de gestações não desejadas ou inoportunas. Em todo o mundo, mais de 40 milhões de gestações terminam no aborto induzido a cada ano.

A contracepção de emergência refere-se aos métodos que podem ser utilizados para prevenir a gravidez após uma relação sexual desprotegida. Entre as principais indicações da contracepção de emergência estão: atividade sexual sem uso de método contraceptivo, falha conhecida ou presumida pelo uso inadequado do contraceptivo de uso regular e em casos de violência sexual.

Atualmente, várias intervenções de contracepção de emergência estão disponíveis. As informações sobre eficácia comparativa, segurança e comodidade desses métodos são cruciais para os profissionais de saúde e para as mulheres.

Recentemente, a Cochrane Database of Systematic Reviews realizou uma atualização de uma revisão publicada anteriormente em 2009 e 2012 para determinar qual o método da contracepção de emergência após relação sexual desprotegida é o mais efetivo, seguro e conveniente para prevenir a gravidez.

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Foram incluídos 115 ensaios clínicos randomizados contemplando 60.479 mulheres. As evidências foram verificadas até fevereiro de 2017, e 92 foram conduzidas na China. Os estudos compararam 25 intervenções de diferentes tipos de contracepção de emergência.

A qualidade da evidência para o desfecho primário (número observado de gravidez) variou de moderada a alta, e para outros desfechos variou de pouco baixo a alto.

As conclusões da atualização da revisão foram:

  • Levonorgestrel e a mifepristona (25 mg a 50 mg) foram mais eficazes do que o método de Yuzpe;
  • Ambas as doses médias (25 mg a 50 mg) e dose baixa de mifepristona (menos de 25 mg) foram provavelmente mais eficazes do que levonorgestrel (1,5 mg);
  • A dose baixa de mifepristona (menos de 25 mg) foi menos eficaz do que a mifepristona de dose média. O acetato de ulipristal foi mais eficaz do que o levonorgestrel;
  • Os usuários de levonorgestrel tiveram menos efeitos colaterais do que os usuários de Yuzpe e mostraram ser mais propensos a ter um retorno menstrual antes da data esperada;
  • Os usuários do acetato de ulipristal relataram um retorno menstrual após a data esperada;
  • O atraso menstrual foi provavelmente o principal efeito adverso da mifepristona e pode estar relacionado à dose;
  • O dispositivo intrauterino pode estar associado a maiores riscos de dor abdominal do que as pílulas anticoncepcionais de emergência.

Veja também: ‘Anticoncepção de emergência, o que você precisa saber’

Revisado por:

Referências:

  • Shen J, Che Y, Showell E, Chen K, Cheng L. Interventions for emergency contraception. Cochrane Database of Systematic Reviews 2017, Issue 8. Art. No.: CD001324. DOI: 10.1002/14651858.CD001324.pub5.

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