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A American Society for Colposcopy and Cervical Pathology listou cinco cenários em que o exame citopatológico de colo de útero – popularmente conhecido como preventivo – ou tratamento é desnecessário. As recomendações fazem parte da campanha Choosing Wisely.
Choosing Wisely
As recomendações são:
1) Não realizar o Papanicolaou ou triagem de HPV em mulheres que tiveram histerectomia (com remoção do colo do útero), a menos que o procedimento tenha sido para displasia cervical de alto grau ou câncer
O câncer vaginal após a histerectomia é muito raro. No rastreio, é mais provável que o médico descubra mudanças benignas que resultem em testes desnecessários e invasores do que para impedir o câncer. O Papanicolaou é recomendado para mulheres que tiveram uma histerectomia para displasia cervical de alto grau ou câncer, pois nesses casos o risco de câncer vaginal permanece elevado. A avaliação vaginal também pode ser indicada na presença de câncer vulvar associado ao HPV.
Veja também: ‘Teste de urina para detectar HPV de alto risco?’
2) Não realizar o Papanicolaou ou triagem de HPV em mulheres imunocompetentes menores de 21 anos
O câncer de colo de útero é raro em adolescentes e nada indica que o rastreamento reduz esse risco. Em contrapartida, a triagem de adolescentes para câncer de colo do útero os sujeitam aos danos potenciais de testes, biópsias e procedimentos, sem benefício comprovado.
3) Não pedir exames de triagem para tipos de HPV de baixo risco
A identificação de um tipo de HPV de baixo risco não altera o manejo ou tratamento do paciente.
4) Evitar o tratamento da NIC 1 em mulheres com menos de 25 anos
Independente da citologia prévia, o tratamento da neoplasia intraepitelial cervical grau 1 (NIC 1) em mulheres com idade entre 21 e 24 anos não é recomendado. Assim como a infecção pelo HPV em mulheres jovens, as taxas de regressão são altas e é raro que essas lesões progridam.
5) Não realizar o Papanicolau ou a triagem anual de HPV em mulheres imunocompetentes com história de rastreio negativo
Com base em estudos, os intervalos de rastreio devem ser superiores a um ano, mas as evidências atuais não suportam um intervalo mais longo do que 3 anos.
Referências:
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