Após o parto é imprescindível conversar com o casal sobre métodos contraceptivos, sendo o implante de etonogestrel (ETG) uma boa opção para a mulher que amamenta, por não ser combinado ao estrogênio e apresentar bom resultado de amenorreia quando associado a amamentação. Mas qual é o melhor momento para a inserção do implante de etonogestrel? A inserção tardia ou imediatamente após o parto pode interferir na amamentação?
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Pensando em responder essas perguntas, pesquisadores da Stanford University School of Medicine realizaram um estudo com o objetivo de examinar o efeito na amamentação da inserção do implante de etonogestrel na sala de parto versus a inserção tardia durante a hospitalização na maternidade. Em agosto de 2022, foi publicado o artigo com os resultados obtidos no American Journal of Obstetrics and Gynecology.
Estudo e resultados
Os autores do artigo em questão realizaram um estudo controlado randomizado de não inferioridade para determinar se o tempo para a iniciação de secreção abundante de leite difere pelo momento da inserção do implante ETG durante o parto e a hospitalização. Eles concluíram que não foi inferior o tempo de secreção abundante de leite nas pacientes que tiveram o implante de ETG introduzidos imediatamente após o parto, quando comparadas com as pacientes que tiveram a implantação tardia, durante a internação na maternidade. Sendo assim, é importante aconselhar a mulher sobre essa opção segura e eficiente de contraceptivo durante o pré-natal.
Mensagem prática
Trazendo essas informações para a realidade brasileira, o implante de ETG não é muito acessível devido seu alto custo, ficando restrito a uma pequena parcela da população. Contudo, não deixa de ser obrigatório informar todos os pacientes sobre todos os métodos contraceptivos, seus riscos e benefícios.
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