Logotipo Afya
Anúncio
Ginecologia e Obstetrícia21 setembro 2022

Idade materna e IMC como fatores de risco para colonização reto-vaginal com Streptococcus do grupo B

Os estudos que visam profilaxia de patologias que possam complicar o parto são sempre importantes tanto para a obstetrícia quanto pediatria.

Quatro estratégias principais para identificar as parturientes que necessitam de profilaxia para Streptococcus grupo B (ESB) atualmente utilizadas são: a) estratégias baseadas em risco (antecedentes). B) baseada na cultura pré-parto, c) PCR para o microrganismo intraparto e d) PCR para aquelas consideradas de risco para doença neonatal pelo Streptococcus.

Leia também: ECCMID 2022: tratamento de bacteremia em pacientes imunocomprometidos

Canadá, Reino Unido e outros países europeus usam os fatores de risco como estratégia para tratamento do ESB (infecção prévia pelo ESB, bacteriúria pelo ESB durante a gravidez atual, febre materna intraparto >38 °C e ruptura membranas maior que 18 horas. Apesar de ser uma estratégia válida, 70% de mulheres com esses fatores negativos e mais de 50% das puérperas com infecção puerperal por ESB não tem qualquer um desses fatores.

Diante desse quadro, um trabalho dinamarquês publicado no International Journal of Gyencology & Obstetrics em 10 de setembro de 2022 trouxe para os fatores de risco a possiblidade de incluir a idade materna e o IMC materno pré-gravídico para auxiliar na elaboração do risco de doença ESB.

Idade materna e IMC como fatores de risco para colonização reto-vaginal com Streptococcus do grupo B

Métodos

Uma coorte de 902 gestantes dinamarquesas atendidas a nível hospitalar foi incluída. Excluíram-se os partos prematuros (até 37 semanas), menores de 18 anos, receberam antibióticos após 35 semanas e mulheres com dificuldade de comunicação com a equipe.

Os grupos foram divididos segundo sua idade (<25, 25 a 34, 35 a 40 e ≥ 40 anos) e segundo seu IMC pré gestacional: abaixo do peso (< 18,5 kg/m2), peso normal (18,5 a 24,9 kg/ m2), sobrepeso (25,0 a 29,9 kg/ m2) e obesidade (≥ 30,0 kg/ m2). Os fatores confundidores como paridade, idade gestacional, parto vaginal e tabagismo foram incluídos. O desfecho estudado foi a cultura para ESB retal positiva obtida durante o parto de todas as participantes.

Saiba mais: Risco de sepse neonatal precoce em bebês nascidos de parto de baixo risco

Resultados

Os resultados mostraram que incluir como fatores de risco mulheres com mais de 40 anos aumentou a sensibilidade de 21 para 26%, diminuindo a especificidade de 90 para 87 % assim como IMC ≥ 25 aumentou a sensibilidade de 21 para 57%, diminuindo a especificidade de 90 para 59% como estratégia pré natal para ESB.

Mensagem prática

Além dos fatores já conhecidos, a inclusão de idade materna acima de 40 anos idade e IMC acima de 25 kg/m2 apresentaram significativa importância adjuvante.

Como você avalia este conteúdo?

Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.

Compartilhar artigo

Referências bibliográficas

Newsletter

Aproveite o benefício de manter-se atualizado sem esforço.

Anúncio

Leia também em Ginecologia e Obstetrícia