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Ginecologia e Obstetrícia14 dezembro 2021

FDA aprova gel de clindamicina para tratamento de vaginose bacteriana

A vaginose bacteriana representa um desequilíbrio no microambiente vaginal com crescimento exacerbado da Gardnerella vaginallis.

A vaginose bacteriana não é uma infecção vaginal propriamente dita. Ela representa sim um desequilíbrio no microambiente vaginal com crescimento exacerbado da Gardnerella vaginallis levando a sintomas desagradáveis para a mulher como presença de leucorreia, odor desconfortável, além de poder ser fator de prematuridade por poder levar a trabalho de parto prematuro e amniorrexe prematura. Na ginecologia seu desenvolvimento é capaz de causar infecções repetidas e ser fator de infertilidade.

Leia também: Como o uso de probióticos pode auxiliar na prevenção de vaginose bacteriana recorrente?

FDA aprova gel de clindamicina para tratamento de vaginose bacteriana

Impacto

Hoje temos aproximadamente 21 milhões de mulheres nos EUA passando por esse quadro anualmente. A vaginose bacteriana representa a causa mais comum de vaginite no mundo. Infelizmente mais de 50% das mulheres tratadas apresentam recidiva dentro de um ano.

No dia 7 de dezembro passado o Laboratório Daré (San Diego, CA) anunciou a aprovação pelo FDA do uso de XACIATO® (fosfato de clindamicina) para tratamento de vaginose bacteriana em formato gel para uso em dose única vaginal em moças a partir de 12 anos de idade.

Algumas ressalvas importantes:

  • Gestantes: outros derivados de clindamicina têm sido utilizados para tratamentos em gestantes no 2º e 3º trimestres. XACIATO® não foi testado em mulheres grávidas, mas a via intravaginal em gestantes não demonstra efeito fetal significativo.
  • De modo semelhante, a absorção sistêmica após uso vaginal é desprezível o que pode garantir seu uso durante o período de aleitamento materno, com a tendência de poucos efeitos no recém nascido.
  • A segurança e eficácia não foi demonstrada em crianças menores que 12 anos de idade.
  • As relações sexuais devem ser evitadas por um período de 7 dias após a administração do medicamento. Mesmo com uso de preservativos, uma vez que o poliuretano de preservativos pode não prevenir gestações nesse período. Já os preservativos de látex podem ser utilizados.

Saiba mais: O que há de novo sobre vaginose bacteriana e vaginite inflamatória?

No Brasil, enquanto não chega esse novo medicamento, podemos contar apenas com os cremes vaginais com fosfato de clindamicina com tempo de três a sete dias de tratamento.

Referências bibliográficas:

Autoria

Foto de João Marcelo Martins Coluna

João Marcelo Martins Coluna

Médico Ginecologista e Obstetra formado pela Universidade Estadual de Londrina • Mestrado em Fisiopatologia pela Unoeste (Universidade Oeste Paulista) • Docente da Unoeste (Presidente Prudente) - departamento materno infantil • Preceptor Residência Médica Hospital Regional Presidente Prudente - SP • Plantonista Ginecologia e Obstetrícia Hospital Regional Presidente Prudente • Plantonista Ginecologia e Obstetrícia Hospital Estadual Dr. Odilo Antunes Siqueira (Presidente Prudente - SP) • Plantonista Ginecologia e Obstetrícia Santa Casa de Misericórdia de Adamantina Plantonista Socorrista Santa Casa de Misericórdia Presidente Prudente • Médico Regulador ambulatorial município de Dracena - SP • Médico Preceptor ambulatorial UNIFADRA (Dracena - SP) • Ginecologista do serviço ambulatorial de Narandiba (SP) • Ginecologista e Obstetra do serviço ambulatorial de Pirapozinho (SP).

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