Fazer ressonância magnética durante a gravidez é perigoso para o bebê? O maior estudo sobre o assunto indica que o exame feito durante o primeiro trimestre não foi associado a um risco maior para o feto.
Recentemente, o maior estudo feito sobre ressonância magnética durante a gravidez (mais de 1.5 milhão de nascimentos analisados) indica que o exame feito no primeiro trimestre não foi associado a maiores riscos para natimorto, morte neonatal, anomalia congênita, neoplasia ou perda de visão/audição.
O estudo também descobriu que exposição ao gadolínio, a qualquer momento da gravidez, foi associado com um risco maior para natimorto e morte neonatal. Crianças expostas no útero tinham mais risco de desenvolver doenças reumatológicas, inflamatórias ou infiltrativas de pele, mas não anomalia congênita ou fibrose sistêmica nefrogênica.
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O estudo reforça as evidências que suportam a segurança da ressonância magnética na gravidez, quando clinicamente indicado. Ele também fornece os primeiros dados apoiando as recomendações para evitar o uso de agentes de contraste à base de gadolínio em mulheres grávidas, quando possível. É importante que os médicos fiquem atentos às novas evidências para oferecer o melhor tratamento e tranquilidade para a paciente.
Referências:
- Ray JG, Vermeulen MJ, Bharatha A, et al. Association Between MRI Exposure During Pregnancy and Fetal and Childhood Outcomes. JAMA 2016; 316:952
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