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Ginecologia e Obstetrícia23 fevereiro 2017

Existe diferença na frequência do orgasmo entre pessoas com diferentes orientações sexuais?

Apesar da diferença na frequência de orgasmos entre heterossexuais, pouco se sabe sobre essa disparidade entre pessoas com diferentes orientações sexuais.

Por Vanessa Thees

Diversos estudos já mostraram que existe diferença na frequência de orgasmos durante o sexo entre homens e mulheres heterossexuais. No entanto, pouco se sabe sobre essa disparidade entre pessoas com diferentes orientações sexuais.

Para examinar as diferenças de gênero, orientação sexual e práticas na frequência do orgasmo, pesquisadores analisaram cerca de 50 mil adultos, divididos em:

  1. homens heterossexuais (n = 26.032)
  2. homens gays (n = 452)
  3. homens bissexuais (n = 550)
  4. mulheres heterossexuais (n = 24.102)
  5. mulheres gays (n = 340)
  6. mulheres bissexuais (N = 1.112)

Homens heterossexuais foram mais propensos a dizer que geralmente/sempre têm orgasmo durante o sexo (95%), seguido por homens gays (89%), homens bissexuais (88%), mulheres lésbicas (86%), mulheres bissexuais (66%) e, por último, mulheres heterossexuais (65%).

Mulheres que relataram orgasmos mais frequentes foram mais propensas a: receber mais sexo oral, ter maior duração do sexo, ser mais satisfeita com o seu relacionamento, pedir o que quer na cama, elogiar o seu parceiro na cama, trocar mensagens eróticas, usar lingerie, experimentar novas posições sexuais, aceitar estimulação anal, realizar fantasias e expressar amor durante o sexo.

Mulheres foram mais propensas ​​ao orgasmo se seu último encontro sexual incluísse beijo, estimulação genital e/ou sexo oral, além da penetração vaginal.

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Para os pesquisadores, os resultados confirmam as perspectivas feministas e evolutivas, que indicam que a frequência do orgasmo é menor entre as mulheres. As frequências para mulheres heterossexuais só se aproximaram das dos homens quando outros comportamentos foram adicionados (por exemplo, sexo oral, estimulação manual). Esses achados são consistentes com a visão de que há diferenças biológicas entre homens e mulheres na relação sexual.

No entanto, os resultados também demonstram que essa disparidade pode ser reduzida, abordando fatores socioculturais e incentivando uma maior variedade de atividades durante a relação sexual. O fato de que as mulheres lésbicas tiveram orgasmos mais frequentemente do que as heterossexuais sugere que muitas mulheres heterossexuais poderiam experimentar maiores taxas de orgasmo.

Referências:

  • Frederick, D.A., John, H.K.S., Garcia, J.R. et al. Arch Sex Behav (2017). doi:10.1007/s10508-017-0939-z

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