Consulta pública é aberta sobre teste molecular para detecção de HPV no SUS
A principal prevenção contra o HPV é a vacinação, disponível no SUS para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos.
O Ministério da Saúde abriu consulta pública sobre a incorporação do teste molecular para detecção do HPV no Sistema Único de Saúde (SUS), com finalidade de rastreamento de câncer do colo do útero. As contribuições para o tema podem ser feitas até o dia 17 de janeiro através do site Participa + Brasil, é possível contribuir com experiências ou opiniões, e contribuições técnico-científicas.
Análise da Conitec
A consulta pública foi aberta depois de parecer favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) para inclusão do teste no SUS que analisou o pedido originado na Secretaria de Atenção Especializada à Saúde, do Ministério da Saúde (SAES/MS).
Leia também: Câncer colorretal: Conitec dá parecer favorável para uso de ablação térmica
De acordo com relatório publicado pela comissão as evidências apresentadas demonstram que rastreamentos realizados com testes moleculares para detecção de HPV são mais eficazes do que o rastreio com Exame Papanicolau (recomendado pelas Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero), sendo mais eficiente para identificação de lesões precursoras de câncer e efetivo para redução de mortalidade da doença.
HPV e câncer de colo de útero
A principal forma de prevenção contra o HPV continua sendo a vacinação, disponível no SUS para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos de idade, pessoas imunossuprimidas, pacientes oncológicos e vítimas de violência sexual de 9 a 45 anos de idade. Por ser uma IST também é forte a recomendação para uso de preservativo.
Quarto tipo de câncer mais comum em mulheres, o câncer do colo do útero também é a quarta maior causa de morte por câncer em mulheres. Só em 2020, foram notificados aproximadamente 600 mil casos e 340 mil mortes pela doença. Quando analisado junto a indicadores sociais é o segundo maior responsável por mortes, perdendo apenas para o câncer de mama.
Saiba mais: HPV e verrugas genitais: o que todo médico deve saber
O Ministério da Saúde estima que entre 2023 e 2025, no Brasil, 17.010 novos casos da doença sejam registrados, e atualmente dos casos recém-diagnosticados de câncer do colo do útero, a maioria foi diagnosticada com a doença em estágio localmente avançado ou com células cancerígenas espalhadas por outras áreas do corpo.
Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal.
Como você avalia este conteúdo?
Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.