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Ginecologia e Obstetrícia4 junho 2025

XV Congresso Brasileiro de DSTs: Rastreamento de ISTs na era da biologia molecular

Continuamos a cobertura dos congressos da Sociedade Brasileira de DSTs agora tratando do impacto da biologia molecular
Por Redação Afya

Ainda no primeiro dia da XV edição do Congresso Brasileiro de DST, do XI Congresso Brasileiro de AIDS e VI Congresso Latino-americano de IST/HIV/AIDS tivemos uma mesa sobre Diagnóstico das ISTs na era da biologia molecular, o que usar na prática diária. 

O Dr. Paulo Giraldo, professor titular de ginecologia da Universidade Estadual de Campinas, falou sobre o uso nas infecções cervicais, uretrais e vaginais. De como a tecnologia da biologia molecular cresceu exponencialmente nos últimos anos. Com a maior oferta, o custo dos testes foi caindo e se tornando acessível. 

Congressos de DSTs: Rastreamento de ISTs na era da biologia molecular na prática

Imagem de freepik

A importância dos testes moleculares  

Os agentes mais comuns das endocervicites são a clamídia, gonorreia e micoplasmas. O uso do teste de amplificação de ácidos nucleicos (NAAT) tem a maior acurácia para o diagnóstico. 

O uso dos testes moleculares é fundamental pois a maioria das pacientes são assintomáticas, sendo importante lembrar que o diagnóstico precoce deve ser feito para evitar a progressão das doenças com sequelas futuras. 

Biologia molecular nos casos de vaginites 

No caso das vaginites, o uso da biologia molecular deve ser visto com cautela. Por exemplo, a presença da Candida sp não necessariamente significa a ocorrência de um quadro infeccioso de candidíase vulvovaginal. O mesmo pode ser dito no caso da presença da Gardnerella, que pode não implicar no diagnóstico de uma vaginose bacteriana e ser apenas um achado da flora. 

Biologia molecular nos casos de úlceras genitais 

O Dr. Ivo Castelo, professor titular da Universidade Federal do Ceará, palestrou sobre o uso em úlceras genitais. 

A biologia molecular é muito útil para o diagnóstico diferencial de úlceras genitais, além de ter maior precisão. A partir daí entrarmos com o tratamento mais assertivo. As úlceras genitais infecciosas são causadas, com mais frequência, por herpes e sífilis, porém outros diagnósticos mais raros algumas vezes devem ser excluídos como cancro mole, donovanose e até mesmo o câncer. 

Veja também: Congressos de DSTs: Sífilis nas Américas – perspectivas, desafios e mais

Biologia molecular nos casos de HPV 

A Dra. Neide Boldrini, professora adjunta da Universidade Federal do Espírito Santo, falou sobre a infecção pelo HPV. 

A palestrante reforçou que a infecção pelo HPV é a IST mais comum no mundo e que a prevalência da infecção é alta em pacientes jovens abaixo de 30 anos. A maioria das pessoas irá eliminar o vírus e outras ficarão com a infecção latente podendo reativar em algum momento da vida com queda imunológica. 

As novas diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer de colo uterino vão se basear na biologia molecular, o PCR. 

Devido ao maior risco, a pessoa com teste molecular identificando a presença do HPV 16 e/ou 18 deve ser encaminhada para a colposcopia independente do resultado da colpocitologia. 

Mensagem prática 

De um modo geral, o uso da biologia molecular deve ser preferido, quando disponível, nos casos com diagnósticos duvidosos e a definição do agente etiológico geralmente aumenta a adesão ao tratamento. 

Confira todos os destaques dos Congressos Brasileiros de DSTs aqui! 

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