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Ginecologia e Obstetrícia17 maio 2025

CBGO 2025: Vacinação: Presente e futuro

Na mesa Vacinação - Presente e Futuro, foram discutidos importantes pontos da vacinação em mulheres, gestantes e adolescentes.

Na mesa Vacinação – Presente e Futuro, realizada no 62º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia (CBGO 2025), foram discutidos importantes pontos da vacinação em mulheres, gestantes e adolescentes.

Vacinação da gestante

A Dra. Cecília Maria Roteli, mestre e doutora pela UNICAMP, palestrou sobre a importância da vacinação durante o período gestacional para proteção não só da mãe, em período de maior vulnerabilidade, mas também para o seu futuro bebê.

Cerca de 70% da mortalidade pediátrica ocorre antes dos 5 anos e 50% em recém nascidos. A maioria dessas mortes são evitáveis através da imunização!

As vacinas recomendadas para gestantes e puérperas rotineiramente são:

  • Influenza
  • COVID-19
  • Difteria
  • Tétano
  • Coqueluche (DTPa)
  • Hepatite B (caso não tenha esquema completo)

A CONITEC aprovou a incorporação da vacina contra o vírus sincicial respiratório, importante causador das bronquiolites, e o anticorpo Niservimabe. A vacina deve estar disponível para gestantes pelo SUS no próximo semestre.

Vacinação da Mulher 60+

A Dra. Nilma Antas, professora titular de ginecologia da Universidade Federal da Bahia alertou sobre a necessidade de lembrança constante nas consultas médicas sobre a prevenção primária em um período da vida com a imunossenescência.

Cerca de 10% das pessoas com mais de 50 anos desenvolverão herpes zoster e podem apresentar alta taxa de sequelas. Recentemente foi liberada a vacina contra o vírus sincicial respiratório para idosos.

As vacinas recomendadas para mulheres 60+ são:

  • Influenza
  • Herpes zóster
  • Vírus sincicial respiratório
  • Pneumocócicas
  • DTP a cada 10 anos
  • COVID-19

Veja também: Vacinação e gravidez: quais vacinas são necessárias na gestação? 

Importância da vacinação na fertilização assistida

A Dra. Isabella Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, realçou a grande desinformação sobre a necessidade da vacinação no período reprodutivo.

Diversos estudos mostram um excelente perfil de segurança das vacinas em casais que se encontram em tratamentos reprodutivos.

As doenças infecciosas podem afetar a qualidade embrionária, riscos gestacionais e de prematuridade. A hesitação vacinal contra a COVID-19 é alta apesar da doença ainda ser uma grande preocupação com relação à morbimortalidade em gestantes e motivo de inúmeras internações para lactentes.

Vacinas VSR

A Dra. Susana Aidé, professora associada da Universidade Federal Fluminense e presidente atual da comissão nacional especializada em Vacinas da FEBRASGO, palestrou sobre as novas vacinas VSR que estão sendo comercializadas recentemente e chegarão em breve no SUS.

A bronquiolite aguda por VSR é a principal causa de internações infantis. Também é um importante causador de doenças respiratórias em idosos.

A ANVISA aprovou duas vacinas contra VSR:

  • Arexvy da GSK: para adultos 60+
  • Abrysvo da Pfizer: para gestantes, de 18-59 anos com comorbidades e 60+

A maioria dos efeitos adversos descritos foram leves a moderados. Ambas reduziram em cerca de 70% o número de hospitalizações em idosos.

Vacina HPV nonavalente: há indicação de revacinar?

O Dr. Newton Carvalho, professor de ginecologia da Universidade Federal do Paraná, falou sobre um tema de dúvida frequente nos atendimentos.

Sabe-se que se a mulher finalizou a vacina contra HPV quadrivalente ou bivalente há mais de 1 ano, ela pode se revacinar com a vacina nonavalente.

A vacina HPV quadrivalente, disponível no SUS, protege contra os tipos de baixo risco 6 e 11, causadores de 90% dos casos de condilomas genitais, e os tipos de alto risco 16 e 18, responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo uterino.

A vacina HPV nonavalente vai ampliar a cobertura contra outros 5 tipos de alto risco (31/33/45/52/58) evitando cerca de 90% dos casos de câncer de colo uterino.

A decisão de revacinar deve ser discutida e compartilhada com a paciente.

Estratégias para aumentar a cobertura vacinal da adolescente

O Dr. Valentino Magno, professor da universidade Federal do Rio Grande do Sul, falou da dificuldade na vacinação de meninas adolescentes. A dificuldade de acesso às consultas, falta de orientação e prescrição médica são algumas das barreiras encontradas.

Os estudos mostram que a prescrição médica aumenta em 10 vezes a chance da pessoa de fato se vacinar!

O 62° Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia (CBGO) acontece entre os dias 14 e 17 de maio, no Rio de Janeiro. Acompanhe a cobertura completa do CBGO 2025 aqui no portal Afya.

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