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Ginecologia e Obstetrícia2 julho 2020

Atualização da conduta em casos de rotura prematura de membranas ovulares (RPMO)

A rotura prematura de membranas ovulares (RPMO) é caracterizada pela rotura das membranas na ausência de trabalho de parto, que ocorre antes de 37 semanas.

Por Camilla Luna

A rotura prematura de membranas ovulares (RPMO) é caracterizada pela rotura das membranas na ausência de trabalho de parto, que ocorre antes de 37 semanas. A conduta em cada caso irá depender de diversos fatores, como: idade gestacional e patologias associadas (ex.: infecção, descolamento de placenta, alteração dos parâmetros fetais, etc).

Leia também: Confira diretriz da ACOG para minimizar intervenções no trabalho de parto

Orientações para rotura prematura de membranas ovulares

Em março de 2020, o Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia (ACOG) lançou um boletim ratificando orientações prévias e flexibilizando algumas. Pacientes com idade gestacional entre 24 semanas e 33 semana e 6 dias, a orientação segue sendo realizar antibioterapia de latência, uma dose de corticoide, sulfato de magnésio para neuroproteçãao em idade gestacional inferior a 32 semanas, profilaxia para Streptococcus do grupo B (GBS) — caso indicado, e conduta expectante, não devendo ser realizada a indução do parto.

Em gestantes com idade gestacional entre 34 e 36 semanas e 6 dias, a conduta consiste em dose única de corticoide — caso não tenha recebido e profilaxia para GBS — caso indicado. Todavia, uma mudança evidenciada por esse boletim foi na conduta a ser tomada quanto a indução do parto, uma vez que em guidelines prévios a orientação era a indução do parto, porém nessa ultima atualização a ACOG tornou-se mais flexível sendo possível realizar a conduta ativa (indução do parto) ou expectante (na ausência de sinais de infecção), a condução do caso irá ser determinada pelo obstetra.

Mensagem final

Contudo, é importante lembrar que a conduta expectante em gestantes com RPMO com idade gestacional entre 34 semanas e 36 semanas e 6 dias, só pode ser realizada na ausência de sinais infecciosos, o caso deve ser discutido com a paciente e explicado todos os riscos para que assim o profissional de saúde tenha a responsabilidade dividida.

Referências bibliográficas:

  • American College of Obstetricians and Gynecologists. Premature Rupture of Membranes. Practice Bulletin. Obstet. Gynecol. 2020; 217;135:e89-97.
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