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Ginecologia e Obstetrícia17 maio 2025

ACOG 2025: Diretrizes para uso de imunoglobulina anti-Rh(D) no início da gravidez

Uma palestra trouxe as evidências mais recentes sobre o uso de imunoglobulina anti-D em casos de abortamento e as diretrizes preconizadas.
Por Camilla Luna

A isoimunização é uma condição que oferece risco de a gestação cursar a doença emolira perinatal, onde o feto pode apresentar anemia, hidropisia e icterícia. Todavia, é uma condição evitável se realizada a profilaxia correta. Uma sessão do congresso do American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG 2025) discutiu o tema e trouxe o que há de destaque.

Mulher grávida deitada com a mão na barriga

Imoglobulina anti-D na gravidez

Até 2024, em casos de abortamento com idade gestacional < 12 semanas, a recomendação era realizar a imunoglobulina anti-D, objetivando reduzir a chance de sensibilização materna. Porém, diversos estudos evidenciaram que o risco de sensibilização materna em casos de abortamento com menos de 12 semanas é muito baixo.

Horvath em 2023, publicou um estudo coorte no JAMA onde ele encontrou que a chance de um abortamento precoce promover aloimunização anti-Rh é de 1,5% e a chance de em uma próxima gestação o feto vir a positivar é de 0.8%, e de 0.2% de chance de vir a cursar com doença hemolítica perinatal.

Diretrizes e orientações

Em 2024, a ACOG após avaliar a relação custo-efetividade da aplicação da imunoglobulina anti-D em casos de sangramento e abortamento do primeiro trimestre passou a não mais recomendar a aplicação, conforme já era preconizado por outras sociedade mundiais. Entretanto, conforme publicado por Bombas em 2025, onde ele avaliou as condutas de 232 profissionais de saúde de diversos países perante a um quadro de abortamento no primeiro trimestre, e encontrou que para mulheres Rh negativo, 55.8% dos profissionais prescreviam imunoglobulina para todas, 25.8% apenas para algumas e 18.6% não prescreviam, evidenciando que não há um consenso universal quanto a conduta.

De acordo com o que foi falado na palestra, quando prescrito é seguro e eficiente, porém conforme a recomendação do guideline de 2024 a orientação é não mais prescrever em casos de abortamento < 12 semanas, tendo em vista sobretudo a questão custo-efetividade.

Veja todos os destaques do ACOG 2025 aqui!

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Referências bibliográficas

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