Logotipo Afya
Anúncio
Carreira26 setembro 2025

Afya Summit: Qual é o perfil do médico que está no “auge”?

Pesquisa mostra que o auge da carreira médica depende menos do tempo de prática e mais da combinação entre formação, independência e satisfação
Por Redação Afya

Nunca houve tantos médicos em atividade no Brasil. Em 2025, são 635 mil profissionais em atuação, e a previsão é de que o número ultrapasse 1,15 milhão até 2035. Esse crescimento, no entanto, não significa que todos estejam satisfeitos ou realizados com a profissão. De acordo com levantamento do Research & Innovation Center da Afya, feito com 1.074 médicos*, apenas 16% dizem estar no auge da carreira. O que esses profissionais têm em comum?

Formação e experiência acumuladas

O caminho até esse ponto é longo. O estudo mostra que o tempo médio de formação até o auge é de 31 anos de prática, o que inclui décadas de atuação clínica após a graduação. Outro traço marcante é a qualificação: 94% dos médicos realizados já concluíram pelo menos uma especialização. Em um cenário de avanços rápidos na medicina, a atualização constante é vista como condição indispensável para sustentar uma carreira sólida.

O peso da autonomia profissional

Autonomia também aparece como fator decisivo. Boa parte dos médicos que se consideram no auge atua em consultórios e clínicas próprias (37%), enquanto outros trabalham em hospitais (35%) ou em clínicas de terceiros (27%). Entre os que ainda não chegaram lá, 70% acreditam que abrir o próprio consultório é a chave, e 42% veem no empreendedorismo em saúde um passo fundamental.

Esse desejo de independência reflete a busca por maior controle da rotina, da agenda e até da forma de lidar com os pacientes, algo que contrasta com a sobrecarga vivida em emergências e hospitais públicos.

Desafios e frustrações

Para a maioria, alcançar o auge ainda é um projeto distante. As principais barreiras são a falta de recursos para investir em um negócio (61%) e a necessidade de formação complementar (48%). Esses entraves mostram que a realização na medicina não depende apenas de competência técnica, mas também de condições estruturais.

Já entre os insatisfeitos com a carreira (cerca de 46% dos entrevistados) predominam queixas sobre remuneração considerada baixa (65%) e desgaste físico ou emocional (51%). Profissionais da emergência, da atenção primária e de hospitais estão entre os mais afetados.

Um retrato do futuro da profissão

O perfil do médico que atinge o auge hoje no Brasil pode ser resumido em três pontos:

  • Experiência;
  • Especialização;
  • Autonomia no exercício da profissão.

São médicos que consolidaram sua formação, conquistaram espaço próprio de atuação e conseguiram equilibrar estabilidade financeira com satisfação pessoal.

Para quem está no início da trajetória, esse retrato serve menos como um destino único e mais como um mapa de possibilidades. O auge não é apenas questão de tempo ou de diplomas, mas do conjunto de escolhas que cada médico faz ao longo da carreira, desde onde trabalha até como decide organizar sua prática.

 

*Material desenvolvido com base na apresentação do Dr. Eduardo Moura, Diretor do Research Center da Afya, a partir de informações obtidas por meio de pesquisa feita em agosto de 2025 com 1.074 médicos brasileiros.

Autoria

Foto de Redação Afya

Redação Afya

Produção realizada por jornalistas da Afya, em colaboração com a equipe de editores médicos.

Como você avalia este conteúdo?

Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.

Compartilhar artigo

Newsletter

Aproveite o benefício de manter-se atualizado sem esforço.

Anúncio

Leia também em Finanças pessoais