A U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF) posicionou-se contra o rastreamento universal do câncer de tireoide. Ou seja, médicos devem ser mais criteriosos ao solicitar o exame para seus pacientes.
De acordo com o posicionamento da USPSTF, indivíduos assintomáticos não devem ser rastreados para o câncer de tireoide (recomendação de grau D). Os potenciais benefícios da triagem são pequenos, e os resultados não parecem diferir entre a maioria dos pacientes tratados e aqueles que são apenas monitorados.
As evidências sugerem que não há redução da mortalidade em locais onde a triagem em massa foi introduzida (como por exemplo, na Coréia do Sul). Enquanto isso, os danos potenciais – incluindo overdiagnosis (detecção de tumores que não levarão a sintomas) e overtreatment (tratamento desnecessário) – são considerados, pelo menos, moderados.
Considerações clínicas
A recomendação não se aplica às pessoas com maior risco de câncer de tireoide, incluindo aquelas com exposição à radiação na cabeça e no pescoço, história familiar e condições genéticas que predispõem à doença (por exemplo, neoplasia endócrina múltipla).
Câncer de tireoide
O câncer da tireoide pode ser considerado o mais comum da região da cabeça e pescoço e é três vezes mais frequente no sexo feminino. No Brasil, a doença correspondeu a 1,3% de todos os casos de câncer matriculados no INCA de 1994 a 1998, e a 6,4% de todos os cânceres da cabeça e pescoço.
Referências:
- https://www.uspreventiveservicestaskforce.org/Page/Document/draft-recommendation-statement169/thyroid-cancer-screening1
- https://www.jwatch.org/fw112279/2016/11/23/uspstf-recommends-against-thyroid-cancer-screening-draft?query=pfw&jwd=000020039906&jspc=IM
- https://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=2187
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