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Endocrinologia26 novembro 2019

SUS oferece novo tratamento para edema macular diabético

O Ministério da Saúde aprovou a oferta do aflibercepte no Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de edema macular diabético (EMD).

Por Úrsula Neves

O Ministério da Saúde aprovou a oferta do aflibercepte no Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de edema macular diabético (EMD), com o objetivo de evitar a sua evolução para perda definitiva da visão. O medicamento é uma injeção aplicada no olho para bloquear a proliferação dos vasos sanguíneos da retina, que levam ao agravamento da doença.

A decisão do Ministério da Saúde foi publicada por meio da portaria nº 50, de 5 de novembro de 2019, no Diário Oficial da União (DOU). O remédio estará disponível para a população em 180 dias, a partir da data da publicação da portaria.

O edema macular diabético é consequência da retinopatia diabética (RD), que atinge a região da mácula. Não existe cura para a enfermidade, restando apenas os esforços terapêuticos concentrados nos fatores de risco e no tratamento cirúrgico das lesões com alto risco de evolução para a perda visual.

Atualmente, já são ofertados no SUS anti-inflamatórios, diuréticos e corticoides, além de medicamentos para controlar a diabetes. Há ainda a fotocoagulação por raios laser, tratamento padrão para retinopatia diabética.

paciente testando glicose porque tem complicação do diabetes, com edema macular diabético

Diabetes

O controle cuidadoso da diabetes deve ser realizado pelos pacientes com uma dieta adequada, uso de hipoglicemiantes, insulina ou com uma combinação destes tratamentos.

O número de brasileiros com diagnóstico médico de diabetes cresceu 40% entre 2006 e 2018, passando de 5,5% para 7,7% da população das capitais brasileiras. O aumento é maior entre os homens (54,3%), na faixa etária de 55 a 64 anos (24,6%), de acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2018.

Como se sabe, o diabetes pode evoluir para formas mais graves e apresentar diversas complicações, em diferentes membros do corpo. Os olhos são uma das partes que sofrem as conseqüências, quando não há o devido controle da doença. Entre os problemas decorrentes estão o glaucoma, a catarata e a retinopatia diabética, que pode causar o edema macular diabético.

No início, o edema macular diabético não apresenta sintomas perceptíveis, mas as complicações tornam-se mais sérias com o passar do tempo, podendo ocorrer distorção na visão.

Entre os principais sintomas da doença estão a deformidade de imagens, sensibilidade ao contraste, fotofobia, mudança na visualização das cores e alterações no campo de visão. Se não diagnosticado em tempo, o edema macular se desenvolve e a perda dos fluidos da mácula (responsáveis por levar a imagem ao cérebro) pode ser irreversível, causando a cegueira.

Aflibercepte

A substância ativa aflibercepte, de 40 mg/mL, é indicada para o tratamento de:

  • Degeneração macular relacionada à idade, neovascular (DMRI) (úmida);
  • Deficiência visual devido ao edema macular secundário à oclusão da veia da retina (oclusão da veia central da retina (OVCR) ou oclusão de ramo da veia da retina (ORVR));
  • Deficiência visual devido ao edema macular diabético (EMD);
  • Deficiência visual devido à neovascularização coroidal miópica (NVC miópica).

Contraindicações

  • Infecção ocular ou periocular;
  • Inflamação intraocular ativa;
  • Hipersensibilidade conhecida ao aflibercepte ou a qualquer um dos excipientes.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED.

Referências bibliográficas:

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