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Endocrinologia20 outubro 2024

Novidades na cirurgia bariátrica?

Durante o último Congresso Brasileiro de Endocrinologia e Metabologia foram apresentadas algumas recomendações da nova Diretriz sobre Recorrência de peso após a cirurgia bariátrica. Trazemos alguns dos pontos principais. A apresentação tenta padronizar alguns conceitos: – Como parâmetro de peso pré tratamento deve ser considerado o maior peso registrado no pré operatório, ou seja, o …

Por Luciano Albuquerque

Durante o último Congresso Brasileiro de Endocrinologia e Metabologia foram apresentadas algumas recomendações da nova Diretriz sobre Recorrência de peso após a cirurgia bariátrica. Trazemos alguns dos pontos principais.

A apresentação tenta padronizar alguns conceitos:

– Como parâmetro de peso pré tratamento deve ser considerado o maior peso registrado no pré operatório, ou seja, o peso perdido durante o preparo para a cirurgia também é considerado como benefício.

Peso “normal” ou “ideal” – o peso correspondente ao “IMC 25”.

Calculado por Altura2 x 25

–  Excesso de peso = Maior peso documentado no pré-operatório – Peso “normal”

Perda de peso = Maior peso documentado no pré-operatório – menor peso do pós.

Percentual de Peso corporal total perdido (%PCT) = (Perda de peso/ Maior peso documentado no pré-operatório) x 100

Percentual de excesso de peso perdido (%PEP) = (Perda de peso/ excesso de peso) x 100

A porcentagem de excesso de peso perdido (%PEP) é a métrica mais usada na literatura, sendo útil como uma medida padrão entre populações.

Porém a medida falha em grupos com IMC mais elevado.

Nos últimos anos, o percentual de perda de peso corporal total (%PCT) tem ganhado mais espaço, pois apresenta correlação significativamente mais forte.

Como Alvos Terapêuticos, seriam usados os dois parâmetros:

%PEP > 50%

%PCT > 25%

A resposta definitiva ao tratamento cirúrgico deve ser avaliada no nadir de peso corporal (ao atingir o menor peso) que em geral ocorre em 1 a 2 anos.

A falha em atingir tais alvos, a ausência de melhora ou piora de uma comorbidade preexistente relacionada a obesidade seriam consideradas como Resposta clínica subótima.

Os termos perda de peso insuficiente, inadequada ou falha em perder peso não devem mais ser usados.

A perda de peso deve ser acompanhada continuamente. %PCT < 10-15% ou %PEP < 35% em 6 meses, também podem ser considerados critérios de Resposta clínica subótima e ter indicação de intensificação com tratamento farmacológico e comportamental.

A intervenção terapêutica também deve ser considerada quando a recorrência de peso for maior que 0,5%/mês em relação ao nadir ou 30% do peso perdido no longo prazo.

O termo Recorrência de peso deve ser usado nessas situações, e não devemos mais usar os termos reganho ou reincidência de peso.

O documento final ainda está em elaboração, mas as sugestões apresentadas são baseadas em diretrizes da Endocrine Society e da International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders publicados recentemente.

Autoria

Foto de Luciano Albuquerque

Luciano Albuquerque

Redator Endocrinopapers

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