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Endocrinologia10 maio 2019

Estudantes da UnB desenvolvem pulseira para diabetes que mede glicose

Estudantes da UnB desenvolveram uma pulseira que ajuda no controle da diabetes. O dispositivo capta dados fisiológicos por sensores.

Por Úrsula Neves

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

Estudantes da Universidade de Brasília (UnB) desenvolveram uma pulseira que ajuda no controle da diabetes. O dispositivo projetado pela EasyThings recolhe continuamente os dados fisiológicos do usuário através de seus sensores. Os resultados são analisados na hora para detectar eventos de hipoglicemia, o que pode auxiliar na prevenção de episódios mais graves.

Lançada no mercado em 2018, o Easyglic foi desenvolvido pelos alunos do Programa de Engenharia Biomédica da Universidade de Brasília, do campus Gama (PPGEB, FGA-UnB). De acordo com os resultados, o usuário recebe um alerta luminoso e que vibra. Caso o usuário não tenha condições de interromper o alarme, o aplicativo de alerta notifica os contatos de emergência através de um SMS automático. Esse software também permite o armazenamento das informações coletadas, sendo possível realizar um acompanhamento diário da glicemia.

Onde comprar

O produto visa beneficiar a vida de cerca de 400 milhões de pessoas que precisam conviver com a condição de hipoglicemia. O produto é vendido exclusivamente em seu site oficial custando R$ 699,99. A previsão de entrega é de 120 dias após a compra.

O produto não tem restrição de idade, sendo resistente a jatos de água, podendo ser usado no banho e em situações de chuva. A bateria dura até quatro dias, com duração de recarga de duas horas. Não é necessário nenhum insumo para o seu funcionamento. A vida útil do aparelho é de cinco anos. Fabricado no Brasil, o produto é resistente à água, resistente a jatos fortes de água, podendo o usuário tomar banho ou pegar chuva utilizando a pulseira. Vale ressaltar que a proteção não garante a resistência a mergulhos.

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Egmar Rocha, sócio da empresa, alerta que a tecnologia não confere um diagnóstico, nem substitui os glicosímetros, aparelhos utilizados para monitorar os níveis de açúcar por meio de amostras de sangue retiradas da ponta dos dedos: ela disponibiliza indicativos da hipoglicemia.

Diabetes no país

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) alertam que 16 milhões de brasileiros sofrem de diabetes. A taxa de incidência da enfermidade cresceu 61,8% nos últimos dez anos. O Rio de Janeiro aparece em primeiro lugar em relação à prevalência do diagnóstico médico da doença, com 10 mil casos a cada 100 mil habitantes.

O diabetes é uma epidemia mundial, com o país ocupando o 4º lugar no ranking dos países com o maior número de casos, atrás apenas da China, Índia e Estados Unidos. O crescimento acelerado da enfermidade é observado em todo o mundo, influenciado por fatores como o envelhecimento da população, mudanças dos hábitos alimentares e sedentarismo.

Os custos com o tratamento chegam próximo aos R$ 100 bilhões por ano. Para quem se trata apenas com insulina, o custo fica entre R$ 500 a R$ 800 por mês, dependendo do tipo de medicamento utilizado. Uma boa notícia é que o programa Farmácia Popular disponibiliza opções de tratamento, com medicamentos genéricos orais usados por pessoas com diabetes tipo 2.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

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