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Endocrinologia18 julho 2025

Efeitos da tirzepatida no diabetes tipo 2: relação com resultado cardiometabólico

Confira o que apresentou o estudo que visou investigar a eficácia da tirzepatida em melhorar os fatores de risco cardiometabólicos.
Por Letícia Japiassú

A tirzepatida é um agonista dual dos receptores de GIP (Polipeptídeo Insulinotrópico dependente de Glicose) e GLP-1 (peptídeo-1 semelhante ao glucagon) com efeitos na saúde cardiometabólica.  

A tirzepatida causa maior redução de peso e melhor controle glicêmico quando comparada a outros agonistas do receptor de GLP-1 (GLP-1 RAs), com efeito na redução da secreção de glucagon e da resistência insulínica. 

Metodologia

O objetivo de estudo foi investigar a eficácia da tirzepatida em melhorar os fatores de risco cardiometabólicos, sendo realizada uma meta-análise com estudos clínicos de fase 3 que compararam tirzepatida com placebo ou hipoglicemiantes padrão em indivíduos com diabetes tipo 2 (DM2). 

Os desfechos do estudo foram a presença de anormalidades cardiometabólicas, representando componentes da síndrome metabólica (SM) (circunferência abdominal elevada, triglicerídeos, pressão arterial, glicemia de jejum e diminuição do colesterol HDL), bem como índice de massa corporal elevado e SM (3 ou mais anormalidades cardiometabólicas). 

Resultados encontrados e discussão

Após um tratamento com duração média de de 41 semanas, a tirzepatida reduziu as chances de todas as anormalidades cardiometabólicas variando de 34% de redução nas chances de diminuição do colesterol HDL a 96% de redução nas chances de índice de massa corporal elevado e 72% de redução nas chances de SM. 

A eficácia superior da tirzepatida na resolução da SM foi consistente em todas as subpopulações demográficas e clínicas, com maior eficácia em indivíduos com idade <65 anos do que em indivíduos com 65 anos, e em indivíduos sem versus com uso basal de inibidores do cotransportador sódio-glicose 2 (SGLT2). Adicionalmente, a tirzepatida mostrou uma associação dose-resposta significativa, com doses mais altas sendo mais eficazes na resolução da SM. 

Em pacientes com DM2 que não estão recebendo inibidores de SGLT2, a tirzepatida proporciona maiores benefícios cardiometabólicos, melhorando todos os componentes da SM, com as maiores efeitos na redução do IMC e da circunferência de cintura. Embora seja observada uma relação dose-resposta entre a tirzepatida e seus benefícios cardiometabólicos, a dose semanal de 5 mg de tirzepatida ainda apresentou benefícios. 

Conclusão

Esta análise sugere que a tirzepatida pode proporcionar melhora cardiometabólica e resolver a SM em indivíduos com DM2. 

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Referências bibliográficas

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