No Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica (CBOSM) 2025, o segundo dia contou com palestras que abordaram a obesidade e suas associações com outras condições.
Uma condição muito interessante foi a associação entre Obesidade e Fertilidade. O Dr. Cristiano Barcellos avaliou em sua palestra se o tratamento pré-concepcional da obesidade impactava em desfechos.
O Dr. abriu a aula mostrando as diversas complicações associadas na gestante com obesidade, como, por exemplo, diabetes mellitus gestacional, hipertensão arterial, parto prematuro, macrossomia, pré-eclâmpsia e aumento do abandono da amamentação.
Sendo assim, o que estudos mostram sobre o tratamento da obesidade pré-concepção? Será que é capaz de reduzir esses riscos?
Alguns estudos já comprovaram benefício na fertilidade e na taxa de gestação com o tratamento da obesidade pré-concepcional com mudanças de estilo de vida.
A relação entre o manejo e os desfechos depende de alguns fatores tais como: base genética de cada paciente, o grau de obesidade, magnitude da perda ponderal, do tipo de intervenção usada para o controle de peso, do intervalo de tempo do tratamento antes da gestação e se houve reganho de peso durante a gestação.
Mensagem prática
O Dr. encerra a aula dizendo que de acordo com as evidências atuais, o manejo da obesidade antes da concepção pode causar impacto nos desfechos maternos e fetais, podendo ser negativos ou positivos. No entanto, mais ensaios clínicos randomizados são necessários para o direcionamento das intervenções.
Até o momento, o tratamento da obesidade antes da concepção deve ter como base a educação, acessibilidade, individualização e, sempre que possível, o apoio de uma equipe multidisciplinar para adoção de estratégias sustentáveis durante a gestação.
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