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Clínica Médica11 fevereiro 2016

Zika é encontrado no cérebro de fetos com microcefalia

Ontem (10.02.16) o New England Journal of Medicine (NEJM), uma das principais e mais respeitadas publicações médicas, bortopresentou relatos de caso de fetos com microcefalia, aonde se observou a presença do vírus ZIKA. Os editorialistas da revista apontam que estes achados fortalecem ainda mais a relação entre a infecção e os casos de microcefalia. A …

Por Bruno Lagoeiro

Ontem (10.02.16) o New England Journal of Medicine (NEJM), uma das principais e mais respeitadas publicações médicas, bortopresentou relatos de caso de fetos com microcefalia, aonde se observou a presença do vírus ZIKA. Os editorialistas da revista apontam que estes achados fortalecem ainda mais a relação entre a infecção e os casos de microcefalia.

A publicação do NEJM apresentou o caso de uma mulher europeia grávida quee adoeceu com uma, apresentação clínica compatível com a doença , durante a 13a semana de gestação enquanto vivia no Brasil.

A paciente retornou a Europa na 28a semana de gestação, onde realizou-se um ultrassom verificando anormalidades fetais. O principal achado encontrado foram calcificações no cérebro e na placenta, microcefalia e estruturas cerebrais borradas. A paciente decidiu interromper a gestação. Realizou-se então o PCR-RT viral e microscopia eletrônica do tecido cerebral, onde foi encontrado o vírus Zika.

Leia mais sobre o Zika:

Também ontem, o CDC (Center for Disease Control and Prevention), maior órgão de controle de doenças dos EUA, lançou o Morbidity and Mortality Weekly Report (MMWR), onde apresentou resultados de quatro casos brasileiros de microcefalia: dois recém nascidos com microcefalia (36 e 38 semanas) que morreram com 1 dia de vida e dois fetos que morreram com 11 e 13 semanas de gestação.

Novamente, as quatro mães apresentaram sinais clínicos de Zika, e seus filhos foram positivos para o Zika na dosagem do PCR-RT, incluindo tecido cerebral, sendo encontrado nos recém natos alterações como calcificação do parênquima, gliose, degeneração celular e necrose.

Estes casos reforçam ainda mais a relação entre o vírus e os casos de microcefalia em áreas endêmicas. As publicações do NEJM e do CDC comprovam que o vírus alcança não apenas a placenta, como também o tecido cerebral. Mais estudos observacionais aconteceram nos próximos meses, e o alerta máximo para gestantes está presente em diversos países, incluindo os 23 países da América que já documentaram casos da doença.

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Referências:

  • Notes from the Field: Evidence of Zika Virus Infection in Brain and Placental Tissues from Two Congenitally Infected Newborns and Two Fetal Losses — Brazil, 2015 Early Release / February 10, 2016 / 65(06);1–2
  • Zika Virus Associated with Microcephaly – Jernej Mlakar, M.D et al. February 10, 2016DOI: 10.1056/NEJMoa1600651

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