O vírus Influenza é responsável por um grande número de mortes e internações de pacientes durante o inverno. Os principais grupos populacionais acometidos são idosos e crianças.
As recente notícias sobre o novo surto de H1N1, trouxeram o tema novamente a público principalmente pela antecipação das campanhas de vacinação contra o influenza. As campanhas tiveram como foco os grupos de maior risco como idosos, crianças, gestantes e pacientes com doenças crônicas.
Apesar das crianças estarem no grupo prioritário, a vacinação é restrita para maiores de 6 meses de idade, por conta da segurança vacinal, o que restringe a vacinação para os mais jovens e susceptíveis à infecção.
Porém este panorama pode mudar. Um recente estudo publicado na revista Pediatrics, apontou que a vacinação de gestantes pode ser benéfica para a proteção de crianças até 6 meses de idade.
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Os pesquisadores revisaram registros médicos de 250.000 mães-recém natos, em hospitais de Utah e Idaho, durante a temporada de infecção pelo influenza entre 2005 e 2014.
Apenas 10% destas mães receberam vacina para influenza durante as campanhas de vacinação, com aumento da cobertura vacinal de 2% para 50% com evolução dos anos. Não houve diferença nas gestações, incluindo prematuridade e peso ao nascer.
O recém nascidos de mães vacinadas tiveram taxas menores, com significância estatística, de sintomas por infecção do influenza (1,34 vs. 3,70 por 1.000), hospitalização (0,17 vs. 1,05 por 1.000), e infecção por influenza com confirmação laboratorial (0,84 vs. 2,83 por 1.000). Não houve diferença entre os grupos no diagnóstico do vírus sincicial respiratório.
Esse estudo serve com encorajador e estímulo para mães realizarem a vacinação para influenza durante a gravidez, reduzindo as chances de seus filhos, até 6 meses de idade desenvolverem infecção pelo vírus.
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