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Clínica Médica10 setembro 2021

Teste de saliva para diagnóstico do Covid-19

O teste diagnóstico da Covid-19 por saliva possui duas vantagens em relação ao nasal: o conforto e a menor chance de contaminação.

O teste para diagnóstico da Covid-19 utilizando a saliva possui duas grandes vantagens em relação ao swab nasal: o maior conforto e aceitação por parte do paciente e a menor chance de contaminação pelo profissional que faz a coleta. Muitos estudos atuais vêm sugerindo que o teste da saliva possui a mesma sensibilidade que o swab nasal e muitos outros estudos maiores estão também sendo realizados. 

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Teste de saliva para diagnóstico do Covid-19

Estudo recente

Foi realizado um estudo na Universidade de Yale, utilizando um protocolo próprio com 70 pacientes que obtiveram um resultado positivo para Covid-19 com o teste padrão de PCR nasal e testes de saliva sequenciais realizados pelos próprios pacientes e de fato o teste da saliva mostrou uma menor variação em quantificar o RNA comparado aos testes de swab nasal. Esses mesmos pesquisadores também realizaram um outro estudo com 495 profissionais da saúde assintomáticos que trabalhavam na linha de frente no combate ao Covid-19. Nesse estudo observou-se que 13 profissionais apresentaram o teste da saliva positivo para SARS CoV-2 e foram confirmados com o teste nasal subsequentemente. Desses pacientes, 9 realizaram o auto teste nasal e apenas dois tiveram resultado positivo. 

Leia também: Pacientes imunizados e a síndrome pós-Covid-19

Um outro estudo realizado por pesquisadores canadenses, utilizando também o teste da saliva, com 2.000 pacientes que apresentavam sintomas leves a moderados compatíveis com Covid-19 e com grande suspeita de infecção, evidenciou que dos 70 pacientes que testaram positivo, 34 foram positivos tanto para o teste da saliva como para o swab nasal, 22 apenas para o swab e 14 apenas para o teste de saliva. 

Conclusão

Esses estudos pequenos e precoces podem sugerir que o teste da saliva não apresenta uma grande diferença de sensibilidade em relação ao swab nasal. O grande empecilho para que mais testes de saliva sejam usados é o fato do RNA apresentar-se instável na saliva e caso a amostra não possa ser enviada rapidamente ao laboratório para análise, muitos substratos devem ser adicionados a amostra para conservá-la, o que torna o teste mais oneroso e menos prático. O FDA, o órgão de controle de drogas e medicamentos americano, recentemente autorizou o uso emergencial e gratuito de kits de teste de saliva seguindo o protocolo de Yale denominado de “SalivaDirect”. 

Referências bibliográficas: 

Autoria

Foto de Gabriela Queiroz

Gabriela Queiroz

Pós-Graduação em Anestesiologia pelo Ministério da Educação (MEC) ⦁ Pós-Graduação em Anestesiologia pelo Centro de Especialização e Treinamento da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (CET/SBA) ⦁ Graduação em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) ⦁ Membro da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) ⦁ Membro da American Academy of Pain Medicine ⦁ Ênfase em cirurgias de trauma e emergência, obstetrícia, plástica estética reconstrutiva e reparadora e procedimentos endoscópicos ⦁ Experiência em trauma e cirurgias de emergência de grande porte, como ortopedia, vascular e neurocirurgia ⦁ Experiência em treinamento acadêmico e liderança de grupos em ambiente cirúrgico hospitalar ⦁ Orientadora acadêmica junto à classe de residentes em Anestesiologia ⦁ Orientadora e auxiliar em palestras regionais e internacionais na área de Anestesiologia.

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