Depois da identificação de um caso de poliomielite na região de Loreto, no Peru, próximo a fronteira com o Brasil, o Ministério da Saúde anunciou que as ações de vacinação contra a doença devem ser reforçadas.
O Brasil não registra casos da doença desde 1989, assim, em 1994, recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Panamericana de Saúde (OPAS) certificado de área livre de circulação do vírus da poliomielite. Entretanto, em 2022 a campanha de vacinação ficou com uma taxa de imunização abaixo do esperado, 70% em vez dos 95% pretendidos. No mesmo ano, a Comissão Regional de Certificação classificou o Brasil como uma região de risco para novos casos.
Risco
A região de fronteira da Amazônia brasileira com o Peru, é uma área de alto risco para infecção e reintrodução do vírus no Brasil, segundo a OPAS, devido à baixa imunização da população. O caso identificado foi de uma criança indígena de um ano e quatro meses, sem ter sido vacinada ela ficou com paralisia nas pernas como sequela. As dificuldades de acesso à região contribuem para diminuição da cobertura vacinal, principalmente em aldeias que só podem ser alcançadas por barco.
Poliomielite
Sem tratamento específico, a doença é transmitida pelo polivírus e apesar de ser mais frequente em criança também pode contaminar adultos. O meio de transmissão mais comum é pela via fecal-oral (através de objetos e alimentos mal lavados e água contaminada por fezes de pessoas infectadas).
A imunização e feita em cinco doses de vacina, três doses como injeções e duas doses de reforço como gotinhas.
*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal PEBMED.
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