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Clínica Médica26 abril 2017

Estudo mostra segurança dos betabloqueadores na gestação

Apesar do uso comum dos betabloqueadores no tratamento de doenças cardíacas em gestantes, os dados que suportam sua segurança são limitados.

Por Juliana Festa

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

Os betabloqueadores são comumente utilizados no tratamento de doenças cardíacas em gestantes. Apesar do seu uso comum, os dados que suportam a segurança desta classe de medicamentos nesta população são limitados.

Um estudo observacional retrospectivo foi realizado com o objetivo de avaliar o risco de malformações cardíacas fetais em associação com a exposição materna aos betabloqueadores. Uma base populacional de nascimentos do sul da Califórnia foi avaliada entre janeiro de 2003 a dezembro de 2014. Apenas gestações de feto único foram incluídas na análise. As gestantes que utilizaram betabloqueadores foram identificadas utilizando o registro de dispensação da farmácia.

paciente grávida em consulta com médico

Betabloqueadores na gestação

Em uma coorte de 379.238 gestações, 4.847 (1,3%) foram expostas a betabloqueadores. Neste grupo, 2.628 (0,7%) foram expostas a betabloqueadores durante o primeiro trimestre da gravidez. Labetalol (n=3.357), atenolol (n=638), propranolol (n=489) e metoprolol (n=324) foram os betabloqueadores mais comumente prescritos.

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As mulheres expostas a betabloqueadores eram mais velhas e apresentavam maiores índices de massa corporal. Os diagnósticos de hipertensão, pré-eclâmpsia, eclâmpsia, hiperlipidemia, diabetes, insuficiência cardíaca e história de arritmia foram mais comuns entre as pacientes expostos a betabloqueadores.

Na análise não ajustada, a exposição ao betabloqueador materno foi associada a probabilidades significativamente aumentadas de anomalias cardíacas congênitas fetais. No entanto, após ajuste para idade materna, índice de massa corporal materno e comorbidades maternas, não foi observada associação entre a exposição a betabloqueadores e anomalias cardíacas congênitas fetais.

Estes resultados não descartam definitivamente a possibilidade de defeitos congênitos fetais em associação com o uso de betabloqueadores, entretanto podem proporcionar tranquilidade quanto ao uso desta classe de medicamentos para o tratamento de condições cardíacas em mulheres grávidas.

Veja também: ‘Betabloqueadores: particularidades para as quais não nos atentamos no dia-a-dia’

 

Referência:

  • Duan L, Ng A, Chen W, Spencer HT, Nguyen J, Shen AY-J, et al. β-Blocker Exposure in Pregnancy and Risk of Fetal Cardiac Anomalies. JAMA Intern Med. 2017 Apr 17. doi: 10.1001/jamainternmed.2017.0608. [Epub ahead of print]
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