Nesta semana, falamos sobre terapias para a colite ulcerativa. Por isso, em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, trazemos a apresentação clínica e a abordagem diagnóstica da colite pseudomembranosa.
Apresentação Clínica
Na maioria dos casos, apresenta-se como uma diarreia não invasiva, acompanhada ou não por febre e leucocitose.
Gravidade clínica variável, dependente da patogenicidade da cepa bacteriana, do estado de imunidade do paciente e de suas comorbidades.
A suspeição clínica aumenta pelo acúmulo de fatores de risco, a seguir.
Fatores de Risco:
- Uso recente de antibióticos de largo espectro, potencialmente qualquer antibiótico pode desencadear o quadro (segue abaixo os mais propensos);
- Frequentemente associados: Fluoroquinolonas, Clindamicina, Cefalosporinas, Penicilinas;
- Ocasionalmente associados: Macrolídeos, Sulfametoxazol-Trimpetropim;
- Raramente associados: Aminoglicosídeos, Tetraciclinas, Metronidazol, Vancomicina;
- Terapia antisecretora: uso de inibidores de bomba protônica ou antihistamínicos diminuem a quantidade do inóculo bacteriano necessário para causar doença, predispondo assim à infecção;
- Inibidores da motilidade gastrintestinal (como os opioides);
- Imunodepressão;
- Idosos > 65 anos;
- Presença de invasão gastrintestinal: cateter nasogástrico ou orogástrico, cirurgia gastrintestinal recente;
- Tempo de hospitalização.
Abordagem Diagnóstica
Exames laboratoriais de rotina: Hemograma, ureia e cretinina, eletrólitos.
Diagnóstico específico:
- Detecção de toxinas A e B nas fezes por imunoensaio: Exame de fácil e rápida execução, com sensibilidade acima de 80%. Trata-se do exame de uso mais rotineiro nas unidades de terapia intensiva;
- Cultura (em 72 horas): Sensibilidade > 90%, porém não distingue cepas produtoras de não produtoras de toxinas, e não indica doença, visto que o paciente pode ser apenas um portador assintomático. Útil na avaliação de surtos;
- Colonoscopia: Visualização direta do aspecto da colite (presença de pseudomembranas), baixa sensibilidade (aproximadamente 50% dos casos).
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