Muita gente pensa que raciocínio clínico é diagnosticar doenças raras ou complexas. A verdade é que o raciocínio que nós médicos utilizamos no dia a dia vai muito além disso. Começa com ouvir e examinar – as bases da medicina clínica. Prossegue pela avaliação do risco e do cenário da situação, seguido do diagnóstico diferencial, ordenamento das hipóteses mais e menos prováveis, seleção dos exames complementares pertinentes e definição do plano de tratamento.
Simpósio Satélite – Afya: Raciocínio Clínico e Inteligência Artificial
No simpósio realizado no 18º Congresso Brasileiro de Clínica Médica, o Diretor Médico dos Produtos Digitais Afya, Ronaldo Gismondi, o cardiologista Eduardo Lapa, e o professor Luciano Albuquerque, discutiram o caso de um jovem de 19 anos, previamente hígido, que compareceu ao pronto-socorro com dor abdominal, forte intensidade, iniciada há 24 horas, sem irradiação, difusa em região mesogástrio, acompanhada de náuseas e vômitos. No exame físico, observou-se taquicardia e taquipneia, mas o abdômen não estava distendido e não havia descompressão dolorosa à palpação. Em cenários como esse, é natural o médico classificar a síndrome como “abdômen agudo” e procurar os padrões tradicionais: perfurativo, inflamatório, vascular, hemorrágico e obstrutivo.
Em um estudo clássico, pesquisadores mostraram que o desconhecimento de determinadas patologias (como causa para os sintomas) e a solicitação incorreta de exames complementares são os dois fatores mais comuns que levaram a diagnósticos incorretos em uma série de casos. Apesar do temor que a inteligência artificial venha a substituir os médicos, o momento atual é para apoderar-se dela e a utilizar em seu favor, ampliando o conhecimento, tornando as decisões mais acertadas e automatizando tarefas, de modo a te devolver mais tempo de qualidade.
WB Assist, a inteligência artificial do Whitebook
Na palestra, mostramos o WB Assist, a inteligência artificial do Whitebook. Com tecnologia da OpenAI, o WB Assist interage com o usuário em formato conversacional, como o ChatGPT. A grande diferença, porém, está na hora de responder: o WB Assist utiliza apenas o conteúdo proprietário do Whitebook. Isso faz com que a chance de alucinação seja mínima, e a confiabilidade na resposta, altíssima – ao contrário do ChatGPT, que te responde com base em conteúdos gerais da internet. No caso apresentado no início, a IA mostrou como era importante levarmos em consideração causas metabólicas, como a cetoacidose diabética.
Ao final, os exames que o paciente realizou foram mostrados, confirmando o diagnóstico de cetoacidose. A IA realizou ainda a orientação de tratamento inicial, incluindo reposição volêmica, dose de insulina venosa, alvos terapêuticos e reposição eletrolítica.
Não fique de fora dessa: baixe agora seu Whitebook e comece a usar nossa IA!
Autoria

Ronaldo Gismondi
Editor-chefe médico da Afya RJ ⦁ Pós-doutorado em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) ⦁ Coordenador da Cardiologia do Niterói D’Or ⦁ Professor da Universidade Federal Fluminense (UFF)
Como você avalia este conteúdo?
Sua opinião ajudará outros médicos a encontrar conteúdos mais relevantes.