Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o pais com a maior taxa de depressão da América Latina, com 5,8% da população nacional afetada pela doença. Em meio a esse fato alarmante, uma nova pesquisa indica que poucos médicos generalistas fazem uma avaliação do paciente.
A US Preventive Services Task Force (USPSTF) agora recomenda em suas diretrizes que todos os adultos sejam avaliados para a depressão. No entanto, a porcentagem de médicos que segue essa orientação não ultrapassa 2% nos Estados Unidos.
Para entender melhor essa questão, pesquisadores analisaram dados de uma pesquisa nacional de cuidados médicos, de 2012 e 2013. A amostra consistiu de 33.653 encontros médico-paciente.
A taxa global de rastreio depressão foi de apenas 4,2%. Afro-americanos e idosos tinham metade da probabilidade de serem avaliados em comparação com os brancos e indivíduos de meia idade, respectivamente. Pacientes com uma condição crônica eram mais prováveis de serem avaliados para depressão, e a probabilidade aumentou com cada condição crônica adicional.
Cerca de 50% das visitas que incluíram a avaliação resultaram em um novo diagnóstico de depressão, o que sugere que o rastreio é provavelmente provocado por uma suspeita da doença. No entanto, os autores alertam que a triagem de pacientes apenas quando há uma sugestão de depressão pode perder uma proporção significativa de indivíduos que não apresentam sintomas ou tem sintomas menos conhecidos.
Veja também: ‘Diretriz e Algoritmo sobre Manejo da Depressão Maior e Distimia’
Referências:
- https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-e-o-pais-que-mais-sofre-com-depressao-na-america-latina,70001676638
- National Rates and Patterns of Depression Screening in Primary Care: Results From 2012 and 2013. Ayse Akincigil and Elizabeth B. Matthews. Psychiatric Services 0 0:0
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