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Em artigo da Mayo Clinic Proceedings, pesquisadores avaliaram o potencial papel dos baixos níveis séricos de cálcio (hipocalcemia) na ocorrência de morte súbita cardíaca.
Para isso, os autores compararam 267 casos de parada cardíaca súbita (66% em homens) com 445 controles (71% homens) de um grande estudo populacional (~1 milhões de indivíduos) dos EUA, entre 2002 e 2015. Os pacientes elegíveis tinham 18 anos ou mais, clearance de creatinina (ClCr) disponível e níveis séricos de eletrólito.
Casos de parada cardíaca súbita apresentaram maiores proporções em negros (31 [12%] vs 14 [3%]; p <0,001], diabetes (122 [46%] vs 126 [28%]; p <0,001] e doença renal crônica (102 [38%] vs 73 [16%]; p <0,001], em comparação com os controles.
Na análise de regressão logística multivariada, uma diminuição de 1 unidade nos níveis de cálcio foi associada a um aumento de 1,6 vezes nas probabilidades de morte súbita cardíaca (odds ratio [OR] = 1,63; IC de 95%: 1,06 a 2,51). Os níveis de cálcio no sangue abaixo de 8,95 mg/dL foram associados a um aumento de 2,3 vezes nas probabilidades de morte súbita, em comparação com níveis superiores a 9,55 mg/dL (OR = 2,33; IC de 95%: 1,17 a 4,61).
Pelos achados, os pesquisadores concluíram que níveis mais baixos de cálcio estão associados, de forma independente, com um risco aumentado de morte súbita cardíaca na população estudada.
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Referências:
- Serum Calcium and Risk of Sudden Cardiac Arrest in the General Population. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.mayocp.2017.05.028
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