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Clínica Médica10 setembro 2021

Aborto espontâneo após vacinação Covid-19 de gestantes: o que sabemos até agora?

Em agosto, o ACOG, o CDC e a Society for Maternal-Fetal Medicine recomendaram a todas as gestantes a vacinação contra Covid-19.

Por Juliana Olivieri

Em agosto de 2021, o American College of Obstetricians and Gynecologysts (ACOG), e o Centers for Disease Control and Prevention, e a Society for Maternal-Fetal Medicine recomendaram fortemente que todas as gestantes passassem pela vacinação contra Covid-19. Conduta baseada nos estudos observacionais até o momento, bem como nas opiniões de especialista.

Leia também: Avaliação da vacinação anti-Covid-19 em massa com vírus inativo

Aborto espontâneo após vacinação Covid-19 de gestantes: o que sabemos até agora?

Seguindo a tendência

Ontem, o JAMA publicou um novo robusto estudo corroborando com a tendência da vacinação das gestantes. O trabalho trouxe mais dados de que receber uma vacina Covid-19 no início da gravidez parece não estar associado a um risco aumentado de aborto espontâneo. O estudo desenvolvido em Minneapolis, nos Estados Unidos, pelo HealthPartners Institute, avaliou a proporção de mulheres que receberam a vacina e tiveram gravidez contínua em comparação com aquelas que vivenciaram um aborto espontâneo. 

Os pesquisadores analisaram 105.446 gestações únicas ao longo de sete períodos de vigilância de 4 semanas entre dezembro de 2020 e junho de 2021. Gestações em curso entre 6 e 19 semanas de gestação foram avaliadas por 4 semanas: houve 13.160 abortos espontâneos e 92.286 gestações em curso.

Em média, uma vacina Covid-19 foi recebida 28 dias antes da avaliação, entre 8,0% dos períodos de vigilância da gravidez em curso e 8,6% dos abortos espontâneos.

Saiba mais: Vacinação contra Covid-19 e terceira dose

Entre as mulheres cujas gestações foram acompanhadas, 7,8% receberam pelo menos uma dose da vacina Pfizer contra Covid-19, 6% receberam pelo menos uma dose da vacina da Moderna contra Covid-19 e 0,5% receberam a vacina da Janssen.

Dados tranquilizadores

As novas descobertas fornecem evidências tranquilizadoras sobre a segurança das vacinas anti-Covid-19, particularmente vacinas de mRNA, durante a gravidez. 

Seguimos aguardando mais estudos relacionando as vacinas disponíveis no Brasil a risco de abortamento, malformações e outras repercussões gestacionais. 

Referencias bibliográficas: 

  • Kharbanda EO, Haapala J, DeSilva M, et al. Spontaneous Abortion Following COVID-19 Vaccination During Pregnancy. JAMA. Published online September 08, 2021. doi:10.1001/jama.2021.15494.

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